
Os aplicativos de conversas cresceram muito nos últimos anos, especialmente com o WhatsApp, que inovou o mercado de comunicação e tecnologia chamando atenção de milhões de pessoas em todo o mundo. Com isso, ele também ganhou concorrentes como a mais recente novidade no ramo.
Jack Dorsey, um dos fundadores do X (antigo Twitter), anunciou o lançamento do Bitchat, um aplicativo de mensagens, parecido com o WhatsApp, que funciona sem necessidade de conexão com a internet. A proposta do app é simples, mas ousada: permitir a comunicação via Bluetooth, com foco em privacidade e descentralização. A versão beta já está disponível para iOS por meio da plataforma TestFlight, enquanto o Android conta com um APK distribuído manualmente.
O Bitchat começou a se destacar no mercado por adotar uma abordagem inovadora: utiliza redes mesh de Bluetooth para transmitir mensagens entre dispositivos com conectividade próxima. A comunicação é feita diretamente entre os celulares, formando uma rede temporária em que as mensagens "saltam" de aparelho para outro até alcançar o destinatário, mesmo sem sinal de internet. Além disso, o aplicativo dispensa o uso de número de telefone ou e-mail, o que reforça o compromisso com o anonimato e a segurança.
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Assim como WhatsApp, as mensagens também são criptografadas de ponta a ponta, o que significa que apenas o remetente e o destinatário conseguem acessar o conteúdo da conversa. Em um cenário digital cada vez mais atento à proteção de dados, a proposta do Bitchat vem ao encontro da crescente demanda por ferramentas mais seguras e privadas de comunicação.
Apesar das inovações, o Bitchat ainda enfrenta limitações importantes. A comunicação depende da proximidade física entre os dispositivos, o que pode restringir o uso em locais com baixa concentração de usuários. Além disso, não há auditorias externas conhecidas para avaliar a segurança da plataforma, o que levanta dúvidas sobre sua robustez.
Os desenvolvedores, no entanto, sinalizam que melhorias estão a caminho. Entre as futuras atualizações, está o suporte ao Wi-Fi Direct, recurso que ampliaria o alcance e a velocidade das mensagens, o que pode tornar o Bitchat uma solução mais eficaz para comunicação offline, especialmente em ambientes com redes sobrecarregadas, como festivais, manifestações e eventos esportivos.
HISTÓRIA DO WHATSAPP E USO NO BRASIL
A principal rede social concorrente do Bitchat, será o WhatsApp, que foi lançado em 2009 por Jan Koum e Brian Acton, ex-funcionários do Yahoo!, como uma alternativa simples para enviar mensagens de texto por meio da internet, sem custo, ao contrário das SMS. Inicialmente, o aplicativo se destacava por permitir atualizações de status e, pouco tempo depois, foi aprimorado para incluir mensagens instantâneas. Seu crescimento foi tão expressivo que, em 2014, o Facebook (atual Meta) adquiriu o WhatsApp por US$ 19 bilhões, no que ficou conhecido como uma das maiores transações da história do setor de tecnologia.
Já no Brasil, a chegada do WhatsApp ocorreu no início dos anos 2010, período em que os smartphones começavam a se popularizar no país. Com o alto custo de pacotes de SMS e chamadas telefônicas, especialmente entre operadoras diferentes, o app rapidamente tornou-se o queridinho dos brasileiros. Sua interface simples e a possibilidade de comunicação gratuita entre usuários com acesso à internet foram determinantes para o sucesso. Logo, o WhatsApp se tornou o principal meio de comunicação no país, superando até mesmo o uso de chamadas tradicionais.
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Atualmente, o WhatsApp é utilizado por cerca de 147 milhões de brasileiros, o que representa mais de dois terços da população. Segundo dados de pesquisa recentes, o aplicativo está presente em mais de 95% dos smartphones no país, sendo o app de mensagens mais popular do Brasil. Além das mensagens, os brasileiros utilizam amplamente recursos como chamadas de voz, vídeo, envio de arquivos, áudios e grupos, muito comuns em ambientes familiares, de trabalho e até escolares.
Com tamanha expressão no mercado brasileiro, o WhatsApp também passou a ter importância social e política. Em períodos eleitorais, por exemplo, o aplicativo se tornou ferramenta de campanhas e disseminação de informações (e desinformações), o que levou a regulamentações e discussões sobre o uso responsável da plataforma. Em 2020, a chegada do WhatsApp Pay no Brasil, serviço de pagamentos dentro do app, reforçou ainda mais sua presença no dia a dia dos brasileiros, agora também como instrumento financeiro.
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