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Uso de fetos de bebês abortados na vacina contra o coronavírus gera polêmica

Cientistas do mundo inteiro seguem buscando as possíveis vacina contra o novo coronavírus. Enquanto isso, infelizmente, também circula na web muitas informações falsas ou mesmo confusas. Nos últimos dias, tem circulado nas redes sociais, por exemplo, a no

Imagem ilustrativa da notícia Uso de fetos de bebês abortados na vacina contra o coronavírus gera polêmica camera A notícia tem deixado muita gente abismada. | Reprodução/Facebook

Cientistas do mundo inteiro seguem buscando as possíveis vacina contra o novo coronavírus. Enquanto isso, infelizmente, também circula na web muitas informações falsas ou mesmo confusas.

Nos últimos dias, tem circulado nas redes sociais, por exemplo, a notícia de que algumas empresas estarem usando células de bebês abortados na composição de uma nova vacina.

Em algumas versões compartilhadas no Facebook, os laboratórios responsáveis pelo desenvolvimento das vacinas no Brasil estariam cultivado o vírus em linhagem celular, que seria retirada do tecido de fetos abortados e que seria a mesma utilizada para adoçar o refrigerante Pepsi-Cola.

Mas será mesmo que isso é verdade?

De acordo com os pesquisadores de Bioética da Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos, algumas das vacinas atualmente usadas para prevenir doenças como rubéola, sarampo, raiva, poliomielite, hepatite A, e varíola são produzidas com tecidos de abortos humanos em fases de testes.

Porém, a maioria dessas células é derivada de uma cultura retirada de um aborto legalizado, onde o procedimento aconteceu no ano de 1962, na Filadélfia. Outra fonte de células é de uma cultura chamada HEK 293, criada em 1973 por Graham left Leiden, na Universidade canadense McMaster. Segundo o site Meio Bit, a tal linhagem deriva de um feto abortado na Holanda no mesmo ano.

Por quê os cientistas usam essas células?

As vacinas são feitas de vírus (ou partes deles) que são introduzidos no corpo do paciente com o objetivo de ativar as defesas do corpo contra esse vírus sem ficar doente. Com isso, o organismo do paciente cria um tipo de “memória imune” a essa doença específica e, da próxima vez que entrar em contato com o vírus vivo, ele não poderá infectá-lo.

O caminho para se desenvolver uma vacina é longo e passa por várias fases de testes. Uma das formas de testes, sem precisar sacrificar muitos animais, é cultivá-los em células no laboratório. Mas para isso, o vírus precisa se desenvolver em algum lugar, né? Daí a importância dessas células. É nelas que os vírus são cultivados, mas afirmar que as vacinas são feitas de fetos humanos é um grande erro.

Remédios também

Vale lembrar que não apenas as vacinas, mas também quase todos os remédios que são vendidos em farmácias já foram testados, em algum momento, em células como essas (até mesmo a famosa cloroquina foi testada em células).

Outra linhagem de células bastante usada em laboratórios no mundo todo é a HeLa. Essa cultura é derivada de um tumor na coluna cervical de Henrietta Lacks, que morreu em 1951, aos 31 anos.

Mas e a Pepsi?

A história de que a Pepsi usa células de fetos abortados para adoçar seus refrigerantes já é antiga, mas ganhou força em 2019, através das redes sociais e, na época, já era um rumor requentado de 7 anos atrás.

Em 2011, um grupo antiaborto norte-americano descobriu um contrato entre a PepsiCo e uma empresa de biotecnologia chamada Senomyx e que ela desenvolvia novos sabores e fragrâncias para companhias de alimentos, e produtos de limpeza com o uso de culturas in vitro de células do tipo HEK-293.

O grupo antiaborto ficou no pé da Pepsi por alguns bons meses, até que em 2012, parou com o boicote à Pepsi depois receber uma resposta oficial da companhia.

Em nota a Pepsi disse que não pesquisava e tampouco financiava estudos que utilizam tecidos humanos ou culturas de células derivadas de embriões ou fetos.

Conclusão

As vacinas não são feitas com fetos humanos abortados. Mas alguns laboratórios usam em algumas das fases de testes culturas derivadas de células de embriões de abortos de décadas atrás. No Brasil, o artigo 5° da Lei de Biossegurança (Lei nº 11.105, de 24 de março de 2005), permite utilização de células-tronco embrionárias obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização in vitro para fins de pesquisa e terapia.

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