Camarão-tigre-gigante faz sucesso no Pará; veja quanto custa

O camarão é uma dos frutos do mar mais apreciados na culinária paraense. Com uma grande incidência de variadas espécies em água doce ou salgada, o estado se tornou um dos grandes consumidores da iguaria, em especial nas ocasiões comemorativas, como as festas de fim de ano.

A descoberta e a comercialização em massa de uma espécie peculiar de camarão tem atraído a atenção de moradores de cidades do litoral do Pará. O camarão-tigre-gigante (penaeus monodon) chama a atenção pelo tamanho, muito superior aos camarões comuns, o que fez com que vídeos mostrando a venda deste tipo de camarão viralizassem nas redes sociais.

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Em Bragança, no nordeste do Pará, o criador de conteúdo digital Jânio Martins Reis compartilhou um vídeo onde mostra um vendedor de frutos do mar da cidade comercializando a iguaria. A publicação alcançou mais de 117 mil visualizações e foi compartilhada em massa por outros perfis nas redes sociais.

Carlos Corrêa, o vendedor dos camarões-tigres-gigantes, afirma que a espécie é encontrada em alto-mar, apesar de indivíduos da espécie já estarem habitando áreas costeiras do litoral do Pará. Entre as principais diferenças entre o camarão comum e o tigre – além do tamanho – estão a coloração da casca do crustáceo gigante, que apresenta algo similar a listras nas laterais, como um tigre.

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O camarão-tigre-gigante caiu no gosto do público e dos chefs Brasil afora. Em outros estados, o preço do camarão chega a quase R$ 600,00/kg, mas, segundo Carlos Corrêa, o preço do quilo do camarão-tigre em seu box na Feira Municipal de Bragança é de R$ 160,00, o que gera alta procura por quem deseja experimentar essa iguaria.

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Vale lembrar que o camarão-tigre-gigante não é uma espécie nativa da região amazônica, sequer do litoral brasileiro. Ela costuma habitar áreas costeiras dos países da Ásia, África e Oceania e ilhas dos oceanos Índico e Pacífico, bem distante das águas do Atlântico, que banham a costa brasileira. No entanto, um processo de invasão da espécie no litoral das regiões norte e nordeste já é notável, por isso cada vez mais o crustáceo é capturado e comercializado no país.