Vídeo: relato de Elke Maravilha sobre origem do Papai Noel viraliza na web

O Natal é um período com muitos símbolos como a árvore, os presentes, a ceia e entre outros. Mas um deles é sempre lembrado com carinho, especialmente por crianças do mundo inteiro.

Uma entrevista concedida por Elke Maravilha ao programa de Amaury Júnior, exibido pela RedeTV!, voltou a chamar atenção nas redes sociais ao trazer uma explicação pouco convencional, e histórica, sobre a origem da figura do Papai Noel. Com seu estilo irreverente e didático, a artista apresentou uma narrativa que associa o “bom velhinho” a antigos rituais dos povos vikings, muito antes do surgimento do cristianismo.

Segundo Elke, a celebração que deu origem ao Papai Noel remonta a cerca de 15 a 20 mil anos antes de Cristo e está ligada ao solstício de inverno no hemisfério norte, celebrado em 24 de dezembro, 24 de junho no hemisfério Sul. A data marcava o período mais crítico do ano para os povos do norte da Europa, quando o frio extremo e a escuridão predominavam por meses, ameaçando a sobrevivência das comunidades.

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Durante esse período, explicou Elke, as aldeias vikings se reuniam em torno de um pinheiro, árvore que permanecia verde mesmo sob temperaturas de até 50 graus negativos. Velas eram acesas em seus galhos como símbolo de esperança, em um ritual conduzido pelo xamã da aldeia, pedindo que a luz vencesse as trevas e que a vida triunfasse sobre a morte.

Nesse contexto, surgia um rito de passagem para jovens adolescentes. O xamã escolhia um rapaz e o enviava para caçar um urso branco, considerado símbolo máximo de força entre os vikings. O jovem partia em um trenó puxado por renas e enfrentava o animal em condições extremas, um teste que definia se ele poderia se tornar adulto, casar e assumir novas responsabilidades na comunidade.

Ao retornar com sucesso, o rapaz precisava retirar a pele do urso e vesti-la de forma específica: com o sangue voltado para fora, criando uma aparência vermelha, e o branco do pelo para dentro. Para Elke Maravilha, essa combinação de cores estaria na base do traje que, séculos depois, seria associado ao Papai Noel. A barba branca, outro elemento marcante da figura natalina, surgiria do jovem retornando da caçada com o rosto coberto de neve.

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O urso abatido era apresentado como oferenda coletiva em um momento simbólico, quando a aldeia celebrava a resistência da vida diante das adversidades do inverno rigoroso.

Elke destacou ainda que essa celebração não tinha qualquer relação com o nascimento de Jesus Cristo. De acordo com ela, por se tratar de uma festa pagã profundamente enraizada na cultura dos povos do Norte, os seguidores do cristianismo não conseguiram extingui-la. A alternativa encontrada, séculos após o nascimento de Cristo, foi incorporar a data ao calendário cristão, associando o 24 de dezembro ao Natal e ressignificando símbolos como o pinheiro, as castanhas e as nozes.

Para facilitar o entendimento, a artista comparou o Papai Noel a uma “colagem histórica”: os elementos visuais — roupas, cores, barba e trenó — teriam origem nos ritos de sobrevivência dos povos nórdicos, enquanto o significado religioso foi acrescentado posteriormente pela tradição cristã.

Veja a entrevista de Elke na íntegra: