Uma decisão que já provoca repercussão nacional marcou o desfecho do julgamento do policial militar Henrique Otavio Oliveira Velozo. Acusado de matar o campeão mundial de jiu-jitsu Leandro Lo, o tenente deixou o presídio Militar Romão Gomes, neste sábado (15), após ser absolvido pelo Tribunal do Júri.
O julgamento começou, na última quarta-feira (12), no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, e terminou na noite da última sexta-feira (14). Os jurados acolheram a tese apresentada pela defesa de Velozo, que argumentou que o policial agiu para se defender durante o desentendimento, ocorrido na madrugada de 7 de agosto de 2022, no Clube Sírio, zona sul da capital.
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Em nota, a equipe jurídica do policial afirmou que apresentou provas e questionou contradições em depoimentos de testemunhas. O advogado Claudio Dalledone lamentou a morte do atleta, mas insistiu que a tragédia teria se desencadeado a partir das ações de Lo. “Com a absolvição, o tenente Henrique Velozo deixa o plenário como integrante da Polícia Militar e inocente das acusações”, declarou.
O caso havia levado à exclusão do PM da corporação após decisão do Tribunal de Justiça Militar. O Ministério Público o denunciou por homicídio triplamente qualificado, incluindo motivo torpe e emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima.
Em setembro deste ano, um decreto publicado pelo governador Tarcísio de Freitas formalizou sua demissão. No mês seguinte, porém, uma decisão liminar do desembargador Ricardo Dip suspendeu o ato e reintegrou o policial, embora ele permanecesse preso até o julgamento.
A absolvição emocionou apoiadores de Velozo, mas provocou dor e indignação na família de Leandro Lo. Nas redes sociais, a mãe do lutador, Fátima Lo, compartilhou um texto que expressa frustração com o desfecho.
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“Os jurados acolheram a tese de legítima defesa, e com isso o réu não responderá criminalmente pelo disparo que tirou a vida de um dos maiores campeões da história do esporte. Todos hoje carregam um silêncio pesado”, postou ela.
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