Mais de 120 mil brasileiros têm insuficiência renal e precisam fazer hemodiálise. A cada ano, segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, 21 mil pessoas entram nesse grupo. Entre as causas do problema, estão a hipertensão, o diabetes e o uso excessivo de anti-inflamatórios, vendidos sem controle nas farmácias. Esse tipo de medicamento, se consumido rotineiramente ou em excesso, pode provocar lesão nos rins.
Por isso ter um local adequado para se realizar o tratamento de hemodiálise, que é a filtragem do sangue em um equipamento que substitui o trabalho dos rins, e dá uma importante sobrevida aos pacientes, é de suma importância.
O município de Abaetetuba esteve em festa durante a manhã deste último domingo (26), graças a coroação do tão esperado sonho da população local com a entrega pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa), do Centro de Hemodiálise no Hospital Regional Santa Rosa. O serviço atenderá os 11 municípios da região do Baixo Tocantins.
“Hoje estamos dando mais um passo decisivo de consolidação e no fortalecimento do polo em saúde para o Baixo Tocantins aqui em Abaetetuba", declarou o governador do Pará Helder Barbalho. "Já havíamos entregado o Hospital Santa Rosa, um sonho dessa comunidade e referência de atendimento para essa população do Estado, mas a hemodiálise era certamente uma demanda histórica que por muito tempo pacientes renais crônicos tiveram que se deslocar até Belém, saindo de suas casas e de perto de suas famílias, para lutar pela vida. Nesse momento entregamos o centro e garantimos a descentralização do atendimento, além de aproximá-lo da comunidade”, disse o governador.
De acordo com o secretário de Saúde do Pará, Rômulo Rodovalho, após a análise da equipe técnica, percebeu-se a necessidade da implantação de mais esse serviço na região, pois há uma grande demanda a ser atendida e mais uma unidade com esse serviço à disposição vai desafogar o atendimento realizado em outras regiões. "Trata-se de uma estratégia de saúde que nós esperamos que alcance muitos paraenses, pois queremos levar saúde de qualidade onde a população precisa”, disse o secretário de Saúde do Pará.
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Para ter acesso ao serviço os pacientes deverão ser regulados via Sistema Estadual de Regulação e a expectativa é de que os primeiros iniciem seu tratamento já na segunda quinzena de julho, pois a unidade ainda está executando alguns protocolos da Vigilância Sanitária. “Esse é um projeto que vai beneficiar, na verdade todos os municípios do Pará, pois há outras regiões com uma demanda alta de pacientes que precisam desse serviço. Ele será ofertado em três turnos e teremos consultórios para fazer a triagem. Trata-se de um projeto inovador no Pará”, disse Robson Roberto Rosa, diretor regional do Instituto Diretrizes, Organização Social responsável pela unidade.
Luta
“Esse serviço é uma luta nossa há anos, então está sendo um sonho realizado. Os pacientes estão fazendo o tratamento em Belém e muitas vezes precisam se deslocar por até quatro horas, então tê-lo aqui não tem preço”, disse Belina Soares, Presidente da Associação dos Renais Crônicos e Transplantados do Pará.
Polos
Atualmente, no Pará, há 13 polos de atendimento em serviço de alta complexidade em Nefrologia sob gestão estadual, com oferta de serviço de Hemodiálise Ambulatorial, sediados nos municípios de Altamira, Belém, Bragança, Breves, Itaituba, Marabá, Marituba, Redenção, Santarém, Abaetetuba e Ulianópolis. Capanema e Tucuruí também possuem o serviço de hemodiálise ambulatorial nas Policlínicas.
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