A Justiça de São Paulo decretou nesta terça-feira (26) a prisão temporária de Daniel Ospina Garcia, suspeito de matar a cabeleireira Sandra Maria da Silva, de 34 anos, encontrada morta em apartamento na capital paulista. Até o momento, ele segue foragido e a Polícia Civil trabalha para capturá-lo. O prazo de prisão é de 30 dias.
Mais cedo, a Polícia Civil de São Paulo divulgou imagens de câmeras de segurança do prédio onde Sandra foi achada, no centro de São Paulo. Na gravação é possível ver que o namorado da vítima chega sozinho ao edifício. No vídeo, o suspeito chama o elevador e logo depois reaparece com algumas sacolas. Ele olha para a câmera e faz cara de deboche.
Duas horas depois, é flagrado descendo as escadas em outro ponto do edifício, que fica na rua Tabatinguera, na Sé. De casaco e boné, o suspeito vai embora carregando uma mala grande e com uma mochila nas costas.
O homem é de nacionalidade mexicana e se apresentava como Davi Rodrigues. No entanto, esse era um nome falso, segundo a polícia.
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O suspeito tem antecedentes por furto e tráfico de drogas. Ainda segundo a delegada Vanessa Guimarães, da 1ª Delegacia Seccional do Centro, ele está passando por um processo de extradição do país pela Polícia Federal em razão de crimes que cometeu.
A delegada acredita que o suspeito tenha ingressado de forma ilegal no Brasil, pois não há registro de sua entrada no país.
De acordo com a investigação, ele foi a última pessoa a entrar no edifício onde Sandra foi encontrada morta no domingo (24).
Após o pedido de prisão, a polícia fez buscas em dois endereços ligados ao namorado da vítima. De acordo com familiares de Sandra, ele é um homem agressivo e ela teria terminado o relacionamento amoroso.
Segundo o advogado da família, Fábio Costa, o suspeito "entrou na conta dela e apagou diversos conteúdos que poderiam ajudar a polícia a rastrear as redes sociais, como fotos do local onde ele mora e trabalha".
A irmã de Sandra havia combinado um almoço com ela e a encontraria na sexta-feira (22). No entanto, a cabeleireira não respondeu às mensagens desde então. Por isso, a irmã ligou para a vizinha da cabeleireira e pediu que procurasse por ela no apartamento. Foi acionado um chaveiro, que conseguiu abrir a porta do local.
A vizinha entrou no imóvel e a encontrou sem vida, ao lado da filha, de 8 meses, que estava em um berço, desnutrida porque não se alimentava havia dois dias.
A mulher foi achada morta em cima da cama, com várias marcas pelo corpo, e havia um forte odor no local.
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A bebê foi encaminhada à Santa Casa de Misericórdia, e, após receber o atendimento médico, teve alta e passa bem. A família da vítima e o pai da menina querem ficar com a guarda da criança.
No apartamento, com exceção das manchas de sangue, os policiais não encontraram sinal de arrombamento nem móveis quebrados. O celular da vítima foi apreendido pela polícia.
O caso foi registrado como feminicídio na 1ª DDM (Delegacia de Defesa da Mulher).
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