A polícia da Catalunha realizou uma "armadilha" para conseguir efetuar a prisão do jogador Daniel Alves. Foi o que revelou o jornal espanhol "El Correo" nesta quarta-feira (25).
Segundo relato do veículo, os "Mossos d'Esquadra" traçaram um plano que tinha como base dois pontos: vazamento de informações à imprensa e conversa para uma suposta reunião informal.
Após a denúncia feita pela vítima, a polícia começou a ouvir testemunhas e percebeu que os indícios do crime eram fortes.
Testemunhas e vítimas apresentaram depoimentos não conflitantes, e a análise de uma câmera de segurança da boate corroborou a acusação.
Outros três pontos foram importantes para embasar a denúncia: A descrição de uma tatuagem íntima do jogador; o relato de uma prima da vítima de que Daniel Alves tentou tocá-la em partes íntimas e depoimento de um funcionário relatando a insistência do atleta em levar a vítima e amigas à área VIP da casa.
Polícia vaza informações
Com uma denúncia robusta, a polícia passou a vazar informações à imprensa. Ajudou a corporação o fato de veículos terem divulgado que o jogador havia ficado apenas 47 segundos com a vítima no banheiro da boate.
Em meio às notícias, Daniel Alves gravou um vídeo para o programa Y Ahora Sonsoles, da rede de televisão Antena 3, negando as acusações e dizendo que não conhecia a mulher.
A polícia, então, percebeu a necessidade de prender o jogador, mas enfrentou um entrave: trazê-lo de volta à Espanha.
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Corporação atrai o jogador
Jogador do Pumas, do México, e com residência também no Brasil, Daniel Alves precisava voltar para a Espanha para que a prisão fosse feita.
A morte da sogra do atleta no país serviu de pretexto para atraí-lo. A polícia entrou em contato com o acusado e agendou uma reunião informal, com a justificativa de esclarecer o que havia acontecido no dia 30 de dezembro.
Daniel não sabia, no entanto, da quantidade de provas já obtidas pela corporação. Quando chegou para depor, a polícia deu voz de prisão ao jogador e encerrou o plano traçado durante dias.
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