No Brasil, são recorrentes registros de ligações clandestinas e adulterações de medidores de energia elétrica. Também conhecidos como "gatos", esses desvios irregulares de corrente elétrica podem ser enquadrados como delitos de furto e/ou de estelionato, a depender do método em que forem aplicados.
No caso em que o indivíduo puxa a energia da rua direto para a própria casa e faz o 'gato', há uma subtração, um furto de energia. Já quando é realizada uma adulteração do medidor para que o mesmo faça uma leitura errônea da energia consumida na casa, para um quantitativo menor, ocorre o delito de estelionato.
Uma ação da Polícia Civil, com apoio da Polícia Científica e da distribuidora de energia Equatorial Pará, resultou no flagrante de três casos de furto de energia em Marabá, no sudeste do estado. A ação
Os trabalhos ocorreram desde o início da semana e foram concentrados tanto na zona urbana, quanto na zona rural da cidade. Dentre os locais fiscalizados estão residências, um haras e um mercado.
Na quarta-feira (15), os policiais estiveram em um condomínio fechado, localizado às margens da Rodovia BR-155, onde constataram o primeiro caso de furto de energia em uma residência. Os peritos da Polícia Científica detectaram que o medidor de energia do cliente possuía indícios de fraude há dois anos, fazendo com que o consumo não fosse registrado. Em média, o cliente pagaria cerca de 10 mil reais mensais pelo o que seria consumido, caso o medidor estivesse regularizado.
O segundo caso foi em um Haras, na Vila São José, zona rural de Marabá, onde foi apurado que a energia estava ligada diretamente na rede elétrica, sem um equipamento de medição do consumo. O flagrante ocorreu na manhã desta quinta-feira (16). Na coudelaria, haviam 30 refletores que consumiam energia o suficiente para atender um campo de futebol.
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No final da manhã, foi averiguado o terceiro caso, em um mercado de bairro localizado em um loteamento às margens da Rodovia Transamazônica. Os peritos também identificaram indícios de fraude no medidor de energia do estabelecimento devido à presença de pingos de solda na parte interna – muito comum para manipular o registro de consumo da energia. No local, haviam cerca cinco freezers e um exaustor que renderiam um consumo médio de 5 a 6 mil reais mensais.
FURTO
A distribuidora de energia do estado alertou em nota que a prática de furto de energia é crime nos termos do artigo 155 do Código Penal Brasileiro. A pena pode variar de um a quatro anos de reclusão, acrescida de multa.
Os clientes podem fazer denúncias sobre esse tipo de ligação por meio dos canais de atendimento da Equatorial Energia Pará, como a Central de Atendimento pelo 0800 091 0196, pelo site www.equatorialenergia.com.br ou, presencialmente nas agências.
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