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PROVAS CONTUNDENTES

Vaqueiro que matou o patrão pecuarista será julgado em abril

Vaqueiro matou o patrão a facadas e a namorada dele com pancadas fortes na cabeça usando um botijão de gás. Motivo seria reprovação do pecuarista ao uso de drogas do funcionário

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Imagem ilustrativa da notícia Vaqueiro que matou o patrão pecuarista será julgado em abril camera Julgamento do vaqueiro Gilberto Neves deve acontecer no dia 28 de abril no Fórum de Marabá | DOL Carajás

Um vaqueiro acusado de matar um pecuarista, que era seu patrão, e sua namorada deve ser julgado ainda neste mês de abril em Marabá no sudeste paraense. Gilberto Neves, 28 anos, deve acertar as contas com a Justiça no dia 28 abril deste ano. Pesa contra ela a acusação de ter matado o pecuarista Jurlei Gonçalves da Silva, de 62 anos, e Thais da Silva Pereira, de 15, ambos viviam em relação matrimonial.

O crime ocorreu no dia 2 de novembro de 2019 e o matador, usou de requintes de crueldade. O pecuarista Jurlei da Silva foi amarrado e morto com golpes de arma branca. Já a jovem foi assassinada com golpes contundentes, cujo objeto usado foi um botijão de cozinha.

Esse julgamento deve ser presidido pela juíza Renata Guerreiro Milhomem, já a acusação é feita pela promotora Cristine Magela Corrêa Lima e conta com o apoio dos advogados criminalistas, Lisandra da Silva, Carlos Acioli e Arnaldo Ramos. Eles pedem a condenação máxima do acusado.

O assassinato aconteceu na Fazenda Castanheira, localizada na Vicinal Mãe Maria, a 33 Km da Vila São Raimundo (Km 40 da BR 222), no município de Bom Jesus, fronteira com o município de Nova Ipixuna, sudeste paraense.

O caso foi investigado pela equipe do delegado José Lênio Ferreira Duarte, que identificou com sendo latrocínio, já que o acusado furtou objetos das vítimas como cordão de ouro, dinheiro e uma moto.

Contudo, o Ministério Público entendeu que o caso se trata de um duplo homicídio, cuja motivação seria uma reprimenda da parte do pecuarista que não concordou com o comportamento do vaqueiro por conta do uso de drogas.

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A reportagem teve acesso a informações do laudo do IML assinado pela perita Elizângela Lima de Araújo, onde ela relata que havia vestígios de consumo de drogas na casa do vaqueiro, como uma lata de cerveja usada como cachimbo improvisado usado pelos usuários para aspirar substância análoga a crack.

A mesma perita faz um relato das circunstâncias do crime. Os dois corpos estavam na cozinha da casa, ele amarrado e com marcas de perfuração de arma branca e ela com marcas de pancada na cabeça. Sangue espalhado em toda a casa, inclusive na casa do acusado.

Assim que o crime foi descoberto, no dia seguinte, por um vizinho, a Polícia foi acionada e de imediato o caso foi esclarecido a ponto de identificar o vaqueiro como o autor desse bárbaro crime.

Descoberto, Gilberto Neves fugiu e no ano seguinte foi baleado em uma área de garimpo, no município de Tucumã. Ele foi transferido para hospital de Redenção, no sul do Pará e quando estava prestes a receber alta médica, foi preso. Ele aguarda na prisão e está à disposição da Justiça.

O advogado criminalista Arnaldo Ramos geralmente defende, mas dessa vez atua como assistente de acusação. Ele acredita que a condenação do acusado é certa, resta saber a quantidade de anos que ele deve ser sentenciado. “Não tem como ele ser absolvido as provas são contundentes”, conclui.

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