A Polícia Civil deflagrou nesta sexta-feira-feira (9) a “Operação Gabarito” que prendeu quatro pessoas envolvidas em fraudar o Concurso Público de Parauapebas, no sudeste do Pará, realizado em 2023.
A investigação teve início com a prisão de uma candidata em 26 de novembro de 2023, que foi pega com ponto eletrônico durante a prova. Após intenso trabalho de investigação da Polícia Civil foram identificados os mentores intelectuais, bem como diversas pessoas que se beneficiaram utilizando ponto eletrônico para realização da prova.
Após elementos colhidos na investigação a Polícia Civil de Parauapebas com apoio do NAI (Núcleo de Apoio à Investigação) da Polícia Civil de Marabá deflagrou nesta sexta (9) a primeira fase da operação "Gabarito", e deu cumprimento a quatro mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão domiciliares.
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Durante a ação foram presos: Denilson da Silva Cruz, Érica Patrícia dos Anjos Souza, Vilmara dos Santos Conceição e Cristiane de Alencar Pereira, sendo esta presa na Folha 08, na Nova Marabá, em Marabá.
Encontram-se foragidos o diretor adjunto da escola Nelson Mandela, Rodrigo Almeida de Souza e Rafael Costa Lima, ambos os mentores intelectuais da fraude do concurso da Prefeitura Municipal de Parauapebas.
Denilson Cruz, preso hoje, é secretário adjunto da Secretaria Municipal de Mineração, Energia, Ciência e Tecnologia (SEMMECT) e Rodrigo Almeida de Souza é ex-agente penitenciário e vice-diretor da escola Nelson Mandela, e segue foragido.
Cristiane Alencar, presa em Marabá, é agente penitenciária e esposa de Rafael Lima (foragido). Durante a ação foram apreendidos, vários celulares, computadores e anotações.
MODUS OPERANDI
As investigações da Polícia Civil apontaram que o modus operandi da quadrilha seria que após a distribuição dos cadernos de questões, um fiscal de prova membro da quadrilha tirava foto da prova e encaminhava para professores responderem as questões de acordo com cada disciplina.
Ademais, foram identificados e colhidos outros elementos de interesse à apuração, que permitirão a identificação de demais envolvidos no crime.
Ainda de acordo com a polícia, os que aceitaram “comprar as respostas” pagavam entre R$ 20 e R$ 30 mil a depender do cargo, e que o pagamento era feito em duas parcelas: a primeira quando recebia as respostas e a segunda quando tomasse posse no cargo.
Ainda neste inquérito, foi descoberto que o grupo usava três modos de repassar as respostas: por ponto eletrônico, por relógio e através de um celular do tipo lanterninha.
Os quatro estão presos e ficaram à disposição da justiça. Enquanto que os mentores intelectuais da fraude continuam foragidos. Quem tiver informações sobre o paradeiro deles pode entrar em contato com o 181. O caso continua em investigação.
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