O Botafogo de 2024 é mesmo um Botafogo diferente. Vencedor, confiante e incansável na caça por bons resultados. Um ponto fundamental é que não maltrata mais o torcedor, como era prática frequente até recentemente. É verdade que o empate que se arrastou até os minutos finais contra o São Paulo ainda trouxe um quê de impaciência no torcedor.
A partida final mostrou o time inicialmente pragmático, poupando-se contra o esforço desnecessário. Diante de 41 mil vibrantes botafoguenses, que a todo custo queriam festejar gols, o Botafogo foi aplicado e paciente. Ciente de que o empate bastava, ficou trocando passes e evitando a todo custo a correria desenfreada.
CONTEÚDO RELACIONADO
- Gerson Nogueira: a semana mágica do Botafogo
- Gerson Nogueira: provocação antecipa embates da dupla Re-Pa
- Gerson Nogueira: é tempo de chegadas e partidas
Em suma, um time cascudo. Sem pressa, o gol de abertura saiu aos 37 minutos, pelos pés de Savarino, que recebeu passe preciso de Igor Jesus e bateu por cobertura. Outro golaço do venezuelano, que já havia garantido a vitória sobre o Internacional, no meio da semana. O São Paulo só queria evitar problemas. O plano era se despedir honrosamente.
Quer mais notícias de esportes? Acesse o canal do DOL no WhatsApp.
Mas, logo no começo do 2º tempo, um raro erro de Marlon Freitas deu ao São Paulo a única chance – e o gol saiu. William Gomes roubou a bola, entrou na área e tocou na saída de John. Por alguns minutos, o torcedor se entreolhava nas arquibancadas, receando a volta daqueles tempos em que o Botafogo era sempre castigado miseravelmente.
O time não se abalou. Seguiu tocando a bola, baixando a temperatura da partida e esperando o tempo passar. No jogo do Palmeiras, o resultado era amplamente favorável: o Fluminense vencia por 1 a 0. Significava que o título viria até mesmo com uma derrota do Glorioso.
É óbvio que a última coisa que a multidão queria era ser campeã com uma derrota. Um empate ainda dava para tolerar, embora fosse um pouco frustrante. E foi aí que os deuses da bola resolveram agir.
Quando o jogo caminhava para o empate, eis que o goleiro são-paulino Jandrei cometeu seu único deslize e a bola chegou aos pés de Gregore. Este invadiu a área e tocou para as redes, fazendo a torcida explodir de alegria no Niltão. Como se sabe, Gregore havia sido o quase vilão da final da Libertadores, sendo expulso aos 29 segundos do jogo contra o Atlético-MG.
A vitória deu ao Botafogo, 29 anos depois, o seu terceiro título nacional, oito dias depois de ter conquistado pela primeira vez a Copa Libertadores da América. Um campeonato ganho com inteiro merecimento. Foi disparadamente a melhor equipe da competição, com grandes atuações e um punhado de grandes jogadores em cena.
Como campeão, o Botafogo confirmou participação na disputa da Supercopa do Brasil contra o Flamengo (vencedor da Copa do Brasil), no próximo dia 2 de fevereiro, no estádio Jornalista Edgar Proença.
PARAZÃO 2025 TERÁ MENOS JOGOS E MAIS TECNOLOGIA
Além do VAR alternativo, tecnologia que será utilizada ao longo de toda a competição, o Campeonato Paraense de 2025 terá outra novidade importante: a parceria com a empresa suíça Sportradar, que monitora possíveis indícios de manipulação de resultados. O mais importante, porém, é a mudança na quantidade de jogos disputados.
As etapas de quartas de final e semifinais, que antes eram disputadas em ida e volta, agora serão decididas em partidas únicas. Na fase de classificação, foi mantido o formato de sempre, com oito partidas para cada um dos 12 times, avançando as oito melhores classificadas. A etapa decisiva do campeonato continuará a ser decidida em dois jogos.
Os confrontos eliminatórios terão como mandantes as equipes de melhor campanha, sendo que a renda será dividida entre os disputantes. O ponto mais interessante das mudanças é que o campeonato mais curto permitirá a Remo e PSC contar com 20 dias de preparação para a Série B.
Todas as decisões foram tomadas durante o conselho técnico realizado no fim de semana, em Tracuateua, com representantes de 11 dos 12 times participantes. Só a Tuna não teve representação nas discussões.
GABIGOL SE DESPEDE COM UM SHOW DE MODÉSTIA
Com a humildade que lhe é própria, Gabriel Barbosa disse após a partida entre Flamengo e Vitória que “hoje eu me torno uma lenda, me torno (sic) imortal”. Completou, modesto, que “daqui a 50 anos quando falarem no Flamengo terão que falar no meu nome”. E quando sair à rua, segundo ele, será sempre idolatrado. Gandhi não é páreo para Gabigol.
A INÉDITA PRESENÇA DE DOIS NORDESTINOS NA LIBERTADORES
A rodada final do Campeonato Brasileiro definiu um fato inédito e auspicioso: Fortaleza e Bahia estão classificados para disputar a Copa Libertadores. Dois clubes nordestinos, donos de grandes torcidas, irão disputar a principal competição continental. Prova incontestável da evolução do futebol que é praticado fora do eixo Sul-Sudeste.
Ambos terminaram à frente de gigantes como Vasco, Fluminense, Atlético-MG, Cruzeiro e Grêmio. O Bahia (8º lugar) é uma SAF com vinculação direta com o grupo que controla o Manchester City, da Inglaterra, e deve receber um grande investimento nos próximos três anos.
O Fortaleza (4º colocado) mantém há dois anos um técnico argentino, Juan Pablo Vojvoda, que era desconhecido quando chegou ao Brasil. O clube tem uma gestão diferenciada, que se destaca pela austeridade financeira e ações cirúrgicas na política de contratações.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar