Vini Jr. é o melhor jogador do mundo. O Fifa The Best, prêmio mais importante que o da revista francesa France Football, o consagrou ontem, em Doha, no jantar de gala organizado em torno da nata do futebol mundial. Uma justa recompensa para quem foi ridicularizado ao ser preterido na entrega da Bola de Ouro em Paris, no mês passado.
Ali naquele dia Vini já era merecedor da distinção pela excepcional temporada 2023/2024 com a camisa do Real Madrid. Ganhou tudo que disputou, com talento e arte, em defesa da camisa merengue. Além disso, sofreu o diabo na mão dos xenófobos que se amontoam nas arquibancadas dos principais estádios da Espanha.
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Teve a coragem e o estofo de enfrentar as hostilidades, os xingamentos, os hinos racistas. Ainda assim, por obra da má vontade de parte da mídia europeia, acabou perdendo a Bola de Ouro para Rodri, meio-campista do Manchester City. Um bom jogador, é verdade, mas incomparavelmente menos decisivo que o atacante brasileiro.
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Foi preciso uma onda mundial de reprovação pela esdrúxula escolha para que a Fifa o premiasse, com inteira justiça e merecimento. Não sem um importante empurrão dos principais analistas esportivos do mundo.
Vinícius fez a diferença e foi superior aos demais jogadores que disputaram os campeonatos nacionais e a Liga dos Campeões. Decidiu partidas importantes, esbanjou técnica e categoria, mostrou destemor para superar as melhores linhas de defesa do mundo.
As conquistas mais emblemáticas de Vini ocorreram em La Liga e na Champions. Em 39 jogos, ele balançou as redes 24 vezes e deu 11 assistências. Fez gol na decisão europeia diante do Borussia Dortmund, vencida pelo Real por 2 a 0.
''Tentaram e tentam me invalidar, me diminuir. Mas eles não estão preparados. Ninguém vai dizer por quem devo lutar, como devo me comportar. Quando eu estava em São Gonçalo, o sistema não ligava para mim. Quase fui engolido. Venci por mim, pela minha família”, disse o brasileiro após receber o troféu.
Não pode mesmo se diminuir, pois é um gigante do futebol brasileiro. Acerta, ainda, ao deixar claro que não permitirá que ninguém escolha ou determine suas lutas. Ainda quase menino, Vini Jr. é desde já a grande esperança nacional para as próximas Copas. Compensa a frustração geral com os rumos que a carreira de Neymar tomou, sabotada por uma sequência interminável de contusões.
Vini é o primeiro brazuca a levantar o troféu em 17 anos. O último havia sido Kaká, em 2007. Na reta final do The Best, ele suplantou Jude Bellingham, Daniel Carvajal, Erling Haaland, Toni Kroos, Kylian Mbappé, Lionel Messi, Valverde, Florian Wirtz e Lamine Yamal. Aliás, Messi não votou em Vini e Scaloni também não, sabe-se lá por quê.
A mídia internacional encarou a premiação como “a revanche de Vini Jr”. A votação, sob responsabilidade de capitães, técnicos e jornalistas, mostrou o maciço apoio dos países do Terceiro Mundo, com destaque para o voto sul-americano. Entre os europeus, somente Modric (Croácia), Mitrovic (Sérvia) e Van Dijk (Holanda) ajudaram Vini a vencer com 48 pontos.
Papão vence duelo com o Leão por Pedro Delvalle
O acerto foi rápido, mostrando a agilidade que caracteriza os passos da nova gestão bicolor na busca por reforços. E, a exemplo do que havia ocorrido com o chileno Mateus Cavalleri, o paraguaio Pedro Delvalle foi contratado após ter sido sondado pelos remistas.
Para a torcida, é mais um “chapéu” no maior rival, mas o que importa de verdade é que o time de Márcio Fernandes ganha um meia-atacante de qualidade e experiência em competições importantes no continente.
Delvalle, 30 anos, construiu a carreira no futebol paraguaio e ultimamente estava no General Caballero. A aquisição segue a linha das contratações sul-americanas que marcaram a temporada 2024 no PSC, com Esli García, Benjamin Borasi, Cazares, Yony Gonzalez e Quintana.
O fato é que, em 2025, o Papão voltará a ter um perfil internacional na busca pelos principais títulos em disputa na temporada.
Artur Jorge, Textor e o Botafogo celebram a paz
Bastou um papo mais reservado e alguns milhares de reais (ou dólares) a mais para Artur Jorge mudar o tom da prosa em relação à permanência no Botafogo. O time precisa dele como nunca na temporada que vai colocar à prova a evolução que levou aos títulos mais importantes da história alvinegra. E o técnico precisa se consolidar como um profissional de primeira linha, que ainda não era quando chegou ao Glorioso.
Artur, de férias em Portugal, foi condecorado ontem pelo presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa pelos grandes feitos como comandante do clube brasileiro. No discurso de agradecimento, soltou a dica que a torcida botafoguense esperava:
''No momento em que abracei este projeto, este desafio que me foi colocado pelo Botafogo, parti com muita ambição e determinação de poder ter sucesso. Mas superou todas as minhas expectativas. Foi também uma prova de superação, para podermos ter a consistência necessária para poder vencer um Brasileirão, a capacidade e a coragem para podermos sair vencedores da Libertadores, onde todos os jogos foram de um grau de exigência elevado'', disse.
''Acaba por ser um resultado feliz para mim. Chegar hoje e ter este reconhecimento do país é ainda mais importante. Seguramente que me abre portas e a ambição para poder continuar a lutar por mais. Futuro? O meu futuro é o Botafogo. Tenho contrato. O que posso dizer hoje é que continuo sendo o treinador do Botafogo”, arrematou.
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