
Três artistas amazônidas unem suas experiências em diversos segmentos nas artes para debater, neste dia 8, a luta da mulher na região amazônica. A programação “Quem é a Mulher da Amazônia? Experiências de luta na cidade e na floresta” traz para o palco a artista e jornalista Priscila Duque, vocalista e compositora do grupo Carimbó Cobra Venenosa, a travesti multiartista e professora Gabriela Luz e a ativista e escritora indígena Márcia Kambeba. O evento ocorre às 19h, na Cas’Amazonia, em Belém. Para participar, é obrigatória a apresentação do cartão de vacinação e o uso de máscara. A entrada é franca.
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Mediadas pela jornalista Dominik Giusti, as artistas vão falar sobre diversas questões ligadas à vida da mulher na Amazônia, os desafios de morar e viver no território, a partir da perspectiva e das experiências de cada uma na capital paraense. “Esse evento é uma oportunidade para compartilhar reflexões e vivências que como travesti não teria espaço para tratar, reivindicar a mulheridade para além do órgão genital, entendendo o papel social a que a maioria de nós é condicionada”, diz Gabriela Luz, professora, atriz, apresentadora e ativista.
Segundo ela, pelo fato de “o Brasil ainda ser o país que mais mata pessoas trans e travestis, crimes motivados por ódio, preconceito e alienação”, eventos como esse ajudam a desmistificar ideias pejorativas sobre a vida dessas pessoas. “Temos avançado em conquistas de acesso e visibilidade em locais de trabalho ainda considerados tabus, como na política, educação e até religião. Estamos em todos os lugares, resistindo e reexistindo, em nome da nossa dignidade e felicidade. Como artista, acredito que a busca por mudanças desenvolve a sensibilidade de um olhar mais humano e criativo, encontrando novas possibilidades de existir, se respeitar e conviver com as diferenças”, reforça Gabriela.
Márcia Kambeba explica que, na cultura indígena, as mulheres são eixos de transmissão de saberes. “Elas que contam as narrativas de toda territorialidade de um povo, antes e agora. As mulheres amazônidas trazem em sua identidade a mulher indígena, que gesta culturas e interliga mundos. É pertencimento e tem a força da natureza”, comenta a ativista indígena, escritora, poeta, compositora, apresentadora, atriz, palestrante e ouvidora do município de Belém.
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