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EXPECTATIVA

Lollapalooza: paraenses comemoram volta de festival

A ansiedade tem tomado conta de um grupo de amigos que se prepara há dois ano para o festival

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Imagem ilustrativa da notícia Lollapalooza: paraenses comemoram volta de festival camera Paraenses comemoram o retorno dos grandes festivais com as malas prontas para o Lollapalooza em SP | Reprodução/Arquivo Pessoal

Três dias de festa em quatro palcos com mais de 60 atrações musicais, entre artistas nacionais e internacionais. Não são apenas os números que atraem uma multidão de pessoas para o Lollapalooza Brasil deste ano, mas sobretudo, experimentar novamente a emoção de participar de um grande festival no país. E o Lollapalooza, que ocorre entre os dias 25, 26 e 27 de março, em São Paulo, marca o retorno dos festivais.

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Ansiedade é a palavra que define o estado de espírito do estudante de Direito Enzo Serruya, 22, que está à espera do show desde o ano de 2020. Em seu grupo de amigos, a emoção aumenta a cada dia com a proximidade do festival. “Somos um grupo de amigos muito antigos que pensou em fazer uma viagem todos juntos. E o destino que a gente achou mais viável e interessante foi o Lollapalooza. Será um reencontro de amigos do colégio. A expectativa é muito alta, estamos com muita ansiedade porque a gente se programou muito para fazer essa viagem”.

O jornalista André Maia (de camisa listrada) vai assistir a um grande festival pela primeira vez com um grupo de amigos
📷 O jornalista André Maia (de camisa listrada) vai assistir a um grande festival pela primeira vez com um grupo de amigos |Reprodução/Arquivo Pessoal

Enzo conta que adquiriu o ingresso, fez planos para ir para o festival, mas foi impedido pelo avanço da pandemia do coronavírus. “Desde 2020, eu e meus amigos fomos nos preparando para ir ao ‘Lolla’. A gente estava esperando muito pelos shows, especialmente, do Guns N’ Roses. Foi um pouco frustrante porque assim que foi anunciada a pandemia, faltava um mês para o show. A gente ainda tinha esperança de ir, mas o tempo foi passando e as notícias sobre o coronavírus foram ficando piores, então fomos obrigados a esperar”, explica ele.

Show de turnê só com boas vibrações

No topo do trio de ataque, nesta edição, tem a chegada de Miley Cyrus. Ainda nos lugares mais altos do pôster do festival por dia, Doja Cat, Machine Gun Kelly e A$AP Rocky estreiam em solo brasileiro. Completa o septeto de maior destaque o DJ holandês Martin Garrix, atração do Lolla de 2017. Entre os artistas brasileiros, estão as participações de Pabllo Vittar, Matuê, Menores Atos, Terno Rei, Djonga, Jão, Rashid, Gloria Groove, Clarice Falcão, Emicida, WC no Beat com Kevin O Chris e muitos outros.

Para o estudante, o sentimento é de felicidade em poder compartilhar sua alegria entre amigos. “Apesar de terem mudado o line-up neste ano, a gente acha que agora, as atrações estão até melhores. Com certeza, a gente está muito feliz. Todos gostaram dos artistas convidados. São grandes nomes da música. Pela questão da pandemia, eu diria que, ao mesmo tempo que é desconfortável por ainda estarmos vivendo isso tudo com a circulação do vírus no nosso meio, mas é também um pouco libertador. Tem um ar de esperança, de ver que as coisas estão voltando a ser como antes, porém é um retorno gradativo”, conta ele, dizendo que pretende prestigiar artistas que não se apresentam em Belém, tais como os The Strokes, Foo Fighters e Martin Garrix.

Sentimento de libertação

Com o coração a mil, o jornalista André Maia, 20, conta que não consegue segurar a emoção de ir para o festival. “É a primeira vez que eu vou para o Lollapalooza, então estou bem ansioso, a expectativa está muito grande. O ‘Lolla’ é o primeiro grande evento para o qual estamos indo com um grupo de amigos, que ficou muito tempo sem se ver. Depois de tudo o que a gente viveu com a pandemia, ir para um festival - querendo ou não - traz esse sentimento de liberdade, estar com pessoas que a gente gosta muito é incrível. Bate aquela sensação de que tudo vai melhorar com relação à pandemia, com a alegria de estar entre amigos e conhecer pessoas novas, além de viver essa mesma ‘vibe’, que é muito bacana. Esse ‘Lolla’ era para ter acontecido em 2020. Tenho amigos que estão com ingressos comprados e tiveram problemas com passagem e tudo. Pra mim, é um alívio viver tudo isso de novo e com mais segurança”, pontua André.

A ideia de ir para o festival surgiu durante uma reunião entre os amigos, diz o jornalista. “É um consenso que os shows mais esperados por nós são de Miley Cyrus, Doja Cat, Kaytranada, Silva, Marina (ex-and the Diamonds), além dos brasileiros Silva, Clarice Falcão, Marina Sena, Gloria Groove e Pabllo Vittar. A ideia é a gente tentar pegar a grade e ficar bem pertinho deles”, diz ele.

O analista de TI Fabrício Oliveira, 34, vive a sensação de voltar a ir a um festival do porte do Lolla. “A expectativa é a melhor possível, espero poder assistir o máximo de shows possíveis. Sou uma pessoa que gosta muito de música desde criança, cresci num ambiente bastante musical, então uma das minhas atividades favoritas é ir a shows, curtir boas músicas, conhecer novas bandas, novos sons, e essa é uma atividade que senti muita falta durante a pandemia”, afirma.

“Estou indo principalmente para ver Foo Fighters, que é a minha banda favorita, já é o terceiro show deles que eu vou. Desde 2018 pra cá, mas como tenho um gosto muito variado, também estou muito ansioso para ver o show da Miley Cyrus, do The Strokes, dos rappers Machine Gun Kelly e Doja Cat, além das bandas de rock The Wombats, A day to remember e Black pumas, que conheci graças ao festival e estou ansioso para ver ao vivo. E na parte nacional, estou muito ansioso para ver o show da banda Fresno, Detonautas, do rapper Emicida, dos cantores Jão e Silva e da Pabllo Vittar, que foi um show que eu fui agora em Belém no final do mês passado e que me divertiu muito. O último CD dela tem muitos covers de bandas paraenses como Companhia do Calipso e vai ser muito interessante ver as músicas de Belém do Pará em um palco de um festival internacional como o Lollapalooza”, enumera o analista.

Para Fabrício, poder viajar depois de ter vivido os últimos anos apenas em casa, trabalhando em home office, e saindo apenas para tarefas essenciais, como idas à farmácia, supermercado, bancos e consultas médicas, e ainda por cima curtir um final de semana cheio de shows, traz uma gama de sentimentos bons. “Essa viagem está tendo muita emoção envolvida, muita ansiedade, empolgação, felicidade e um certo sentimento de fuga da realidade, por assim dizer. É um fim de semana libertador, para poder esquecer um pouco de todos os problemas que vieram com a pandemia, mas é claro, sem baixar a guarda pro covid, sempre que possível usando máscara e com o álcool em gel na mochila a postos”, diz Fabrício, que irá ao festival pela terceira vez.

O analista de TI Fabrício Oliveira e a esposa Mileide no Lolla de 2018: volta aguardada
📷 O analista de TI Fabrício Oliveira e a esposa Mileide no Lolla de 2018: volta aguardada |Reprodução/Arquivo Pessoal

“Em 2018 e 2019, fui com a minha esposa Mileide. É uma experiência muito boa. Costumamos ficar num hotel em que boa parte dos hóspedes vai com o intuito de ir pro festival, então acaba meio que se tornando uma extensão do festival. O ambiente é muito bom, todos vão pra curtir a música, se divertir e esquecer os seus problemas, o que deixa o ambiente muito alto astral”, considera.

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