![A união da mágica com o circo amplifica a experiÊncia do públco com um espetáculo maior e mais completo. Imagem ilustrativa da notícia Espetáculos promovem linguagem circense nas escolas de Belém](https://cdn.dol.com.br/img/Artigo-Destaque/890000/640x360/imagemotimizada---2025-02-10T161154895_00894000_0_-3.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F890000%2Fimagemotimizada---2025-02-10T161154895_00894000_0_.jpg%3Fxid%3D3005658&xid=3005658)
Circo e Mágica caminham tão próximos em nosso imaginário que, às vezes, só de pensar em um, já supomos o outro. Não é? É por isso que dois projetos, um de cada uma dessas expressões, contemplados separadamente, uniram forças para criar um espetáculo maior e mais abrangente. O projeto Circo no Setor, em sua terceira temporada, da Companhia de Circo Nós Tantos, foi contemplado pelo Edital de Chamamento Público Nº 001/2024 - PONTOS E PONTÕES II, da Lei Paulo Gustavo - Pará e o projeto Mágica nas Ilhas, do ilusionista Nathan Corrêa, aprovado no Plano Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura - PNAB, da FUMBEL (2024).
Yure Lee, coordenador da Companhia de Circo Nós Tantos, explica que a linguagem do seu coletivo é a do circo, de modo geral, "incluindo palhaçaria, acrobacias, malabares, acrobacias aéreas, música equilibrismo... mas não somos mágicos”.
É aí que entra o trabalho do mágico Nathan, que está focado no ilusionismo, movido pelo desejo de resgatar essa tradição em um contexto de risco de seu desaparecimento. “A mágica não é apenas uma forma de entretenimento, mas um meio poderoso de encantar e unir as pessoas, estimulando a imaginação e a criatividade” afirma Nathan, que traz no currículo outras premiações com o projeto O Ilusionismo paraoara, pelo Prêmio FCP de Incentivo à Arte e Cultura, em 2023.
![Mágico Nathan.](https://cdn.dol.com.br/img/inline/890000/767x0/magico-nathan_00894000_0_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol.com.br%2Fimg%2Finline%2F890000%2Fmagico-nathan_00894000_0_.jpg%3Fxid%3D3005660%26resize%3D380%252C200%26t%3D1739220593&xid=3005660)
Nathan explica que “A mágica, como arte cênica, tem o poder de encantar e inspirar, além de atuar como um catalisador para a inclusão e o fortalecimento da identidade cultural local, da educação e das relações comunitárias, criando um espaço de transformação e alegria estimulante à participação da comunidade. O projeto, assim, passa a ser um agente de transformação social, que contribui para um futuro mais vibrante e culturalmente rico em Belém do Pará.”
A união destes artistas amplifica a experiência do público com um espetáculo maior e mais completo. A atuação conjunta, aliás, é parte da vocação dos pontos de cultura. É o que explica Yure Lee “O Circo Nós Tantos é um ponto de Cultura com certificação estadual e buscando certificação Nacional. Os pontos de cultura têm a característica de atuar em rede, com grupos de artistas, com outros pontos de culturas e com artistas individuais. Essa é a essência da nossa forma de atuar e um de nossos pontos fortes.”
Sinopse do Virar Peixe
Virar peixe” (2023) é um espetáculo com uma linguagem circense de rua clássica, onde palhaços brincam com elementos das culturas amazônicas desde o som dos motores de barcos regionais, passando por nomes de frutas, rios, bichos e até mitos populares, como o Boto. Inicialmente montado em 2023 com o “Prêmio da Fundação Cultural do Pará de Arte e Cultura”, ainda em 2023 recebeu o “Prêmio de Circo da Lei Paulo Gustavo da Secult-Pa” e “Funarte Retomada Circo” para circulação no primeiro semestre de 2024. 40 min.
Além dos Centros Urbanos |
Além de trabalhar com a formação de plateia, criando maior interesse pelas artes dos circenses, os projetos focam em levar o circo e a mágica para comunidades em situação de vulnerabilidade socioeconômica (preferencialmente alunos e professores de escolas públicas, profissionais de saúde que combateram a covid-19), comunidades ribeirinhas e quilombolas no sentido de contribuir para a universalização da cultura e atender territórios fora dos grandes centros das cidades.
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“Em termos gerais, nossa compreensão é de que é importante atuar nas periferias. Ainda assim, sabemos que nas periferias mais próximas da cidade, mesmo que pouco, o acesso e contato com atrações culturais variadas é mais fácil. Por isso, nós optamos por aplicar a execução desses projetos gratuitamente em comunidades carentes, ribeirinhas, indígenas, quilombolas, das mais afastadas, justamente por entendermos que ali nossa presença vai ser mais impactante, fazendo um trabalho de formação de plateia.” justifica Yure Lee.
![Por meio das junções do Circo e da Mágica, as crianças têm acesso à arte e ao lúdico.](https://cdn.dol.com.br/img/inline/890000/767x0/escolaaas_00894000_1_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol.com.br%2Fimg%2Finline%2F890000%2Fescolaaas_00894000_1_.jpg%3Fxid%3D3005661%26resize%3D380%252C200%26t%3D1739220593&xid=3005661)
O que tem de novo?
Na terceira temporada do espetáculo do projeto Circo no Setor, da Companhia Nós tantos, os atores e músicos Rodrigo Ethnos e Diego La Percussa, que já participaram de outras montagens da Companhia, se integram como membros do espetáculo, enriquecendo-o com cenas de Clown e Música ao Vivo.
Editais envolvidos
“A Paulo Gustavo a Aldir Blanc são editais ligados a projetos federais para o fomento de produtos culturais, objetos culturais. Há dados consolidados indicando que para cada R$1,00 investido através de iniciativas de fomento público, R$ 6 são revertidos para as comunidades ou regiões de atuação dos projetos, através de contratação de transporte local, da mobilização de outros profissionais, como, por exemplo, costureiras, fornecedores de alimentação. Então, as leis de incentivo, as leis de fomento, enfim, as políticas públicas para a cultura, assumem esse papel de ativar uma economia, que já é hoje a maior do país. O Setor do Cultural já apresenta números de geração de riqueza, distribuição de renda e criação de postos de trabalho a ela associados, maiores que o da indústria auto-mobilísca, que recebe muito mais incentivo público.” argumenta Yure Lee.
Levantando a Lona
“Somos provavelmente um dos primeiros grupos de circo do Pará que não vem de famílias de circo a conseguir comprar a própria lona.” Afirma Yure Lee, que coordena a Companhia de Circo Nós Tantos
Em 2013, a Companhia de Circo Nós Tantos adquiriu, de segunda mão, a lona que pertencera ao Circo Teatro Piska Piska, do estado do Paraná, que, na época, estava trocando-a por uma nova. É uma lona de 2 mastros principais duas camadas (roxa por fora e azul por dentro) medindo 9.5 metros de altura e 22x16 metros de área e divisível em 3 partes, sendo uma quadrada e duas em formato de semicírculo, sendo que cada uma das partes pode ser montada individualmente como uma lona de circo menor. Passados 10 anos, essa lona foi pouco utilizada. E, embora se encontre em bom estado de uso, sendo aberta e lavada com certa frequência, estava parada há alguns meses.
A companhia reformou a lona, eliminando furos e restaurou boa parte de suas ferragens. Parte dessa lona é utilizada para realizar a circulação do espetáculo, com apresentações gratuitas por regiões da periferia da Região Metropolitana de Belém, territórios onde pessoas provavelmente nunca tenham visto atrações de circo e Mágica e, talvez, nunca tenham imaginado um circo próximo de seus locais de moradia.
Mini biografia da Cia de Circo Nós Tantos
Mini Bio e histórico
Fundada em 2010, a companhia de Circo Nós Tantos é uma iniciativa de jovens paraenses que já promoveu trocas com inúmeros artistas de rua e artistas de circo. Seus integrantes já fizeram o curso de formação em circo social oferecido pelo Circo Laheto e Cirque du Soleil. Sempre fazendo circulação de espetáculos e oficinas por bairros periféricos e comunidades em vulnerabilidade sócio econômica. Participaram de diversos festivais e montaram vários espetáculos como "Um tantinho de nós tantos" (2010); "Remontagem - Um tantinho de nós tantos: de volta para minha trupe" (2014); "O espetáculo de um homem só" (2017); "Circo e Carimbó"(2021); "Reisado Aéreo" (2023); "Redescobrindo a graça" (2022); "Circolando" (2023); "Circolando Virar Peixe" (2024). O grupo já participou de vários eventos importantes como: Festival Pixirum da Secult-PA; Festival de Teatro Infantil de Marabá; XX Convenção Brasileira de Malabarismo e Circo (CE); Festival InSollus Tucujus (AP); Festival de Circo de Taquaruçu em Palmas-TO; Sesc RJ Picadeiro Móvel (2024) e recebeu diversos prêmios como: Agente Jovem do Ministério da Cultura; Prêmio Funarte Petrobras Carequinha de Estímulo ao Circo; Seiva Pauta Aberta da FCP-Secult-PA; Pauta Livre da FCP-Secult-PA; Prêmio de Teatro da Lei Aldir Blanc; Preamar da FCP-Secult-PA; Prêmio de Arte e Cultura da FCP-Secult-PA; Prêmio Aldir Blanc Juventude Ativa; Prêmio Aldir Blanc Mostra Sesc-PA; Prêmio Circo Paulo Gustavo – Pará 2023; Funarte Retomada 2023; Funarte Rede das Artes 2023 – Programa de Difusão Nacional – Bolsa Funarte de Circo Carequinha (2023); Rouanet Norte (2023); e Multilinguagens da Lei Paulo Paulo Gustavo de Pontos e Pontões de Cultura da Secult-Pa (2024).
Mini Bio Yure Lee
Artista Circense, trabalha profissionalmente na área desde 2007. Fundador da Cia de Circo Nós Tantos (2010). Doutor em Artes (UFPA); Mestre em História social da Amazônia; Professor de História e Ed. Física
Mini biografia Mágico Nathan
Nathan Corrêa (mágico Nathan) é um ilusionista e produtor cultural belenense que iniciou a sua carreira no ano de 2008, aos 12 anos, no grupo "Círculo Mágico Mago Salles" na Escola Salesiano do Trabalho e não parou mais! Ministrou dezenas de formações de iniciação ao ilusionismo em instituições como Oficinas Curro Velho, escolas públicas e privadas, livrarias, entre outros espaços lúdicos da capital paraense. Possui graduação em marketing e atualmente atua com apresentações de ilusionismo em eventos sociais infantis. Em 2023 teve o foi contemplado pelo Prêmio FCP de Incentivo à Arte e Cultura com o Projeto Ilusionismo Paraora.
Programação das apresentações Virar Peixe e Mágico Natan
13/02 - EMEC Milton Campos (|lha do Combú)
19/02 – EMEF Bruno de Menezes (Mosqueiro)
20/02 - EMEF Donatila Santa Lopes (Mosqueiro)
22/02 - Comunidade Ribeirinha do Murutucum (Utinga)
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