A noite de segunda-feira (10) foi marcada pelo encerramento do XXIV Festival de Ópera do Theatro da Paz, em Belém. No último dia do evento, a estreia mundial de I-Juca Pirama, ópera inspirada no poema clássico de Gonçalves Dias, que mergulha no universo indígena da Amazônia, emocionou o púbico presente. Composta por Gilberto Gil e Aldo Brizzi, com libreto de Paulo Coelho, a obra se apresentou como uma fusão de tradição literária e uma proposta contemporânea que levanta questões ambientais e culturais, a partir de uma leitura ecopoética.
A estreia foi prestigiada por um seleto público, entre eles, a primeira-dama Janja Lula da Silva, o cantor e compositor Gilberto Gil acompanhado da esposa dele Flora, e diversas autoridades como a ministra da Cultura Margareth Menezes, a ministra do Meio Ambiente Marina Silva, a ministra da Igualdade Racial Anielle Franco e o presidente do BNDES Aloizio Mercadante, além de nomes da música e cultura, como a cantora Gabi Amarantos.
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A performance foi marcada por uma imersão nas raízes indígenas da Amazônia, com a participação do grupo Huni Kuin, do Acre, que, com manifestações culturais, trouxe ainda mais autenticidade à obra. Para Gilberto Gil, o momento foi de celebração. "Ao Aldo, o meu agradecimento pelo convite para estarmos juntos nesse empreendimento. Vocês presenciaram a estreia deste trabalho, com a obra deste grande homem do Norte que foi, que é e sempre será Gonçalves Dias", afirmou o compositor.
A montagem de I-Juca Pirama foi uma realização do Núcleo de Ópera da Bahia (NOP), em co-realização com o Governo do Pará, por meio da Secretaria de Cultura (Secult), e apoio de diversas instituições e programas culturais. A Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz e o Coro Carlos Gomes foram fundamentais na execução da partitura, que trouxe a sonoridade da música erudita para as questões ambientais e culturais da Amazônia.
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De acordo com a secretária de Cultura do Pará, Ursula Vidal, o encerramento do festival com a estreia da ópera foi uma “honra para o nosso Festival de Ópera”, pois “mergulhou no universo simbólico dos nossos povos originários dessa nossa Amazônia tão rica em cultura, memória e ancestralidade”. A obra foi vista como um gesto importante de valorização da cultura indígena e da riqueza da biodiversidade amazônica.
O espetáculo também contou com o apoio da mídia televisiva da France Télévisions, patrocínio do BNDES e apresentação do BB Consórcios, consolidando a importância da colaboração entre diferentes esferas da sociedade na promoção de iniciativas culturais.
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