O magnata de Hollywood Harvey Weinstein foi condenado pelo crime de estupro e agressão sexual por um tribunal do júri em Los Angeles, nos Estados Unidos, na segunda-feira (19). Das sete acusações apresentadas pelos procuradores, três foram aceitas pelos jurados, que deliberaram por 41 horas e culparam o produtor dos crimes de sexo oral forçado, estupro e penetração sexual por objeto estranho.
A condenação teve por base o testemunho de uma modelo europeia, feito de forma anônima no tribunal. Segundo a mulher, em 2013, durante o Festival de Cinema de Los Angeles, Weinstein invadiu seu quarto de hotel e a estuprou.
Na leitura da sentença, foi estabelecido que Weinstein deve cumprir uma pena de 18 a 24 anos no regime fechado. É a segunda condenação do ex-produtor. Em 2020, ele havia sido condenado pelo mesmo crime em Nova York, onde cumpre uma sentença de 23 anos.
Uma das testemunhas de acusação contra Weinstein no julgamento, que durou seis semanas, foi a cineasta Jennifer Siebel Newsom, esposa do governador da Califórnia, o democrata Gavin Newsom. Segundo a diretora, Weinstein também a havia estuprado em 2000.
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O júri, porém, ficou dividido sobre as outras acusações de abuso e agressão a outras mulheres, e decidiu inocentar o ex-produtor.
O caso Weinstein foi uma das faíscas que iniciou o movimento MeToo, o qual permitiu que centenas de mulheres denunciassem abusos sexuais sem sofrer retaliação. As jornalistas Jodi Kantor e Megan Twohey do New York Times descobriram o padrão de violência que o dono da Miramax tinha com empregadas mulheres. A investigação virou o livro "Ela Disse", cujos bastidores foram narrados no filme homônimo.
Segundo os relatos das vítimas ouvidas pelas jornalistas, Weinstein obrigava as mulheres a irem ao seu quarto de hotel. Depois, as fazia massagear seu corpo e forçar contatos íntimos. As denúncias, porém, eram caladas por acordos em dinheiro. Foi um padrão que perdurou décadas.
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