Em 5 de novembro de 2021, o Brasil não desgrudou da tela da TV e do celular sobre as notícias de um acidente aéreo com uma aeronave em que viajava a cantora Marília Mendonça. No entanto, os temores de uma tragédia se concretizaram após a confirmação da morte da artista, que ascendia no mundo da música e sustentava o título de "Rainha da Sofrência".
Pouco mais de um ano e meio depois do ocorrido, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), vinculado à Força Aérea Brasileira (FAB), anunciou a divulgação do laudo pericial do acidente que tirou a vida de Marília Mendonça e outras quatro pessoas em Piedade de Caratinga (MG).
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Marcado para o início da tarde desta segunda-feira (15), o parecer final da perícia seria mostrado com exclusividade à família antes de ser liberado para o público.
No entanto, de acordo com a assessoria de imprensa de Marília Mendonça, nenhum parente dela compareceu. Apenas o advogado Robson Cunha foi até o Cenipa, em Brasília, para receber o laudo.
E de acordo com o advogado, o órgão descartou culpa do piloto da aeronave, Geraldo Martins de Medeiros Júnior, de 56 anos, que também morreu no acidente. Além disso, o documento indica que a fiação de energia elétrica a qual a aeronave colidiu, apesar de contribuir com o acidente, não estava irregular.
De acordo com o laudo, não houve falha humana ou mecânica, e os cabos da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) serviram como um obstáculo para o avião.
“A mudança da rota não demonstra erro”, diz o documento da FAB. Segundo o Cenipa, as torres da empresa foram preponderantes para a tragédia e destaca, ainda, que a altura da aeronave “estava dentro dos padrões”.
“O Cenipa não aponta culpados. A intenção do órgão é criar um ambiente para que situações futuras sejam evitadas”, destacou Robson Cunha.
Apesar disso, oficiais da Aeronáutica reforçaram a orientação para que a Cemig aprimore a sinalização dos cabos de energia em regiões próximas à rota de voo de aeronaves no estado.
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