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Aneurisma: entenda o que fez Otaviano Costa ser operado

O ator passou ontem (22) por uma cirurgia após a descoberta de um aneurisma da aorta ascendente torácica. Entenda a doença, sintomas e como prevenir.

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Imagem ilustrativa da notícia Aneurisma: entenda o que fez Otaviano Costa ser operado camera O ator teve que passar por uma cirurgia de urgência devido a condição. | (Foto: Reprodução/ Instagram)

O ator Otaviano Costa contou ontem (22) aos seguidores no Instagram a cirurgia pela qual passou após a descoberta de uma anomalia denominada aneurisma da aorta ascendente. O nome da condição pegou muita gente de surpresa e causou dúvidas sobre a doença.

O caso clínico se caracteriza pelo aumento no calibre em uma região da maior artéria do corpo humano - aorta - e pode ser extremamente perigoso. O aneurisma em si é a dilatação de um vaso sanguíneo em pelo menos 50% de seu tamanho original e pode acontecer em qualquer vaso sanguíneo do corpo. O agravamento do aneurisma se dá à medida que o vaso sanguíneo se estica e as paredes vão ficando mais finas, o que pode romper e causar a morte do paciente.

A doença em si é grave, mas quando se leva em consideração o aneurisma presente na aorta ascendente torácica, o quadro é ainda pior. A aorta é a maior artéria do corpo humano e se origina do lado esquerdo do coração. Parte dela fica dentro do órgão e por ficar tão perto do órgão vital, as complicações aumentam caso rompa.

Qualquer aneurisma pode envolver uma hemorragia fatal, mas quando por estar próxima ao coração, se a aorta ascendente torácica romper, o excesso de sangue pressiona o coração.

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Em entrevista ao portal UOL, o cirurgião cardiovascular Edmo Atique Gabriel explicou que o rompimento em artérias grandes com a aorta tem um tempo menor até se tornarem fatais. "Em um período de no máximo seis a 12 horas, esse sangue pode se acumular em uma quantidade suficiente para fazer o coração parar", explica.

Pessoas com alguma comorbidade como hipertensão, diabetes, sobrepeso ou obesidade costumam ser ainda mais afetadas pela anomalia. Outras que apresentam algumas doenças genéticas, como Otaviano Costa, também tem mais propensão para desenvolver o problema. O ator contou ter uma anomalia no coração, já que sua válvula é bicúspide em vez de tricúspide.

Quais os sintomas?

O médico esclarece que a dor torácica é o principal sintoma no aneurisma da aorta ascendente, mas disse que os sintomas têm intensidade variável. Quanto maior for, mais dor a pessoa pode sentir. "O aneurisma pode ter como sintoma a dor torácica, e esse sintoma pode ficar muito vago. as pessoas acham que é nada".

O especialista alertou ainda que a dor pode não ocorrer em um local específico ou definido. E que o paciente pode senti-la no braço direito, por exemplo. É uma dor de uma definição um pouco inespecífica na região central do tórax de forte intensidade. Pode irradiar para o lado direito ou esquerdo do tórax", disse.

Além disso, outros sintomas incluem: constância da dor, falta de ar, tontura, palpitações e formigamento no braço. Apesar disso, o médico disse que o aneurisma da aorta é difícil de diagnosticar, mas que alguns exames auxiliam na descoberta da condição, como angiotomografia, ecocardiograma, etc.

Gabriel definiu ainda que a dor é semelhante a uma "facada" e que nesse caso o paciente deve ser encaminhado para uma cirurgia de urgência.

De que forma tratar?

para uma recuperação total, a solução é a cirurgia, classificada pelo médico de complexa e de risco médio a alto. No procedimento, o pedaço doente é substituído por uma prótese.

Apesar dos riscos, o especialista afirma que a cirurgia pode salvar quem esteja com a condição. "Você nunca sabe. A pessoa está estável agora e, amanhã, ela pode ter uma ruptura de repente na casa dela, sentada vendo TV."

Além disso, ir constantemente ao cardiologista, cuidados com a alimentação, administração do estresse e uso dos medicamentos para reduzir a tensão na artéria.

Como prevenir?

É fundamental que a pessoa saiba se há casos na família ou uma questão genética para a condição. Consultar um especialista a cada seis meses é o recomendado.

Fatores de risco como diabetes, pressão alta, sedentarismo também entram na lista e o paciente deve redobrar os cuidados com a alimentação e seguir com o tratamento necessário para as doenças.

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