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Pedindo ética do Remo, Botafogo-PB já teve esquema criminoso

Declarações do presidente do Belo se contradizem ao fato que o clube participou em 2018

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Imagem ilustrativa da notícia Pedindo ética do Remo, Botafogo-PB já teve esquema criminoso camera Clube paraibano foi campeão em 2018, em meio a descoberta de fraudes e manipulação em seus jogos. | Divulgação / Botafogo-PB

O episódio envolvendo a vinda de Gerson Gusmão ao Clube do Remo rendeu várias declarações da diretoria do Botafogo-PB, que acusa os dirigentes azulinos de falta de ética, porém em um passado recente, o clube foi envolvido em um escândalo que manchou o futebol nordestino.

Os dirigentes do Belo se envolveram em um esquema de corrupção no futebol em 2018, que tinha como grande beneficiado o clube, que disputa atualmente a Série C do Campeonato Brasileiro. O assunto rendeu repercussão nacional.

Uma investigação da Polícia Civil e do Ministério Público da Paraíba mostrou que clubes locais tinham acertos com a comissão de arbitragem e com a Federação Paraibana de Futebol (FPF), com o pagamento de propinas aos árbitros para que tomassem decisões em campo, como marcar pênaltis irregulares, e manipulassem os resutados das partidas.

Segundo a investigação, o clube que mais se beneficiou do esquema foi o Botafogo-PB. Gravações mostravam, por exemplo, conversas entre o então vice-presidente de futebol do clube, Breno Morais, e o presidente da Comissão de Arbitragem, José Renato Soares, na qual Breno pedia para que "uma bola que o cara raspou a perna no meu jogador dentro da área, é pênalti. É isso que precisa. Mas para fazer só o que o time faz e depois buscar o dinheiro não dá, né, filho?", antes de uma partida contra o Treze-PB pelo Estadual.

Os valores cobrados pelas partidas variavam entre R$ 15 mil e R$ 50 mil, dependendo da importância e dificuldade do jogo.

O presidente do clube era José Freire da Costa, o Zezinho do Botafogo-PB, que após a descoberta do escândalo pediu renúncia do cargo. Mesmo estando fora do futebol e sem nenhum cargo oficial, Zezinho continua dando as cartas nos bastidores, segundo fontes ligadas ao clube. Atual presidente do clube, Alexandre Cavalcanti era vice-presidente do departamento jurídico na época do escândalo.

A Federação Paraibana de Futebol sofreu intervenção da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) após o escândalo de corrupção nos jogos do Campeonato Paraibano.

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