
Quem diria que o Vaticano e a Copa do Mundo poderiam ter algo em comum além das preces apaixonadas dos fiéis e torcedores? A história recente mostra que os caminhos do futebol e da fé se entrelaçam em coincidências curiosas, para dizer o mínimo. Nas últimas duas décadas, a escolha de um novo papa parece ter carregado consigo um roteiro que nenhum técnico ousaria desenhar: derrotas dolorosas seguidas de redenção em gramados sagrados.
Com a iminente eleição do sucessor de Francisco, o cenário ganha um toque verde e amarelo. Sete cardeais brasileiros - Odilo Scherer, João Braz de Aviz, Orani Tempesta, Sérgio da Rocha, Leonardo Steiner, Paulo Cezar Costa e Jaime Spengler - estão entre os que podem influenciar o próximo capítulo dessa história.
E a possibilidade de ver um brasileiro na liderança da Igreja Católica desperta, além de orgulho, uma preocupação peculiar entre torcedores: será que o hexa pode ter que esperar um pouco mais?
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HISTÓRICO NEGATIVO
A apreensão não é gratuita. Na Copa de 2006, um ano após Bento XVI assumir o papado, a Alemanha, sua terra natal, caiu na semifinal para a Itália, que levantaria o troféu. Quatro anos depois, o roteiro se repetiu: os alemães bateram na trave novamente, perdendo a vaga na final para a Espanha, que também acabaria campeã. Só em 2014, quando Bento já não era mais papa, veio o título - justamente com aquele inesquecível 7 a 1 sobre o Brasil.
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O mesmo enredo se repetiu com Francisco, eleito em 2013. Na Copa de 2014, a Argentina viu o sonho escapar na final contra a Alemanha. Em 2018, a queda foi precoce, nas oitavas, diante da França, que ergueria a taça. A consagração dos hermanos, curiosamente, só veio na terceira Copa após a eleição do pontífice: em 2022, Messi e companhia enfim quebraram o jejum.
A MATEMÁTICA DA SUPERSTIÇÃO
Os supersticiosos já sacaram a matemática: se o padrão continuar, o país do próximo papa terá de suportar duas dolorosas eliminações antes da glória suprema. E aí, torcedor, você encara esse "jejum sagrado" até 2034? Enquanto isso, resta ao povo brasileiro unir fé e futebol, torcendo para que, se vier um papa tupiniquim, a história possa ser reescrita.
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