A madrugada deste domingo (2) foi de incômodo e tensão para a delegação da Chapecoense em Belém (PA). Por volta das 3h da manhã, um foguetório foi registrado em frente ao hotel onde o elenco e a comissão técnica estão hospedados, poucas horas antes do confronto contra o Clube do Remo, pela 35ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.
De acordo com informações da Rádio Oeste Capital, de Chapecó, e confirmadas pelo DOL através de apuração, foram duas caixas de fogos de artifício disparadas em sequência, causando barulho e despertando os atletas e funcionários do clube.
Presidente da Chapecoense se revolta
Em mensagem enviada a diretores e conselheiros do clube, o presidente da Chapecoense, Alex Passos, expressou indignação com o ocorrido e criticou a falta de resposta das autoridades locais. O dirigente afirmou que tanto o clube quanto o hotel e a empresa de segurança solicitaram apoio policial, mas não obtiveram retorno imediato.
“Não é possível que, nos dias atuais, ainda se permita que torcidas venham colocar fogos de artifício em frente aos hotéis. Soltaram duas baterias de fogos bem na frente do hotel. Estamos aqui em Belém desde as 3h acordados por conta disto, e até agora nenhuma viatura apareceu para prestar apoio. Liguei ao assessor jurídico da Federação do Pará que disse que também chamou”, escreveu o presidente.
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Alex Passos relatou ainda que ele e membros da comissão técnica permaneceram do lado de fora do hotel na tentativa de evitar novas ocorrências, e ironizou a situação com um desabafo sobre a falta de segurança e estrutura logística enfrentada pelo clube.
“É um país dentro do país, uma terra sem lei. A fantástica logística da CBF nos colocou no hotel às 3h da manhã, e agora temos mais uma noite de sono quebrado. Sem contar que é um hotel ruim, às margens de uma avenida movimentada com barulho terrível o que por si só já não ajuda. Para atletas de alto rendimento, isso é um grande prejuízo”, concluiu o dirigente.
Diretor jurídico da FPF se manifesta sobre o caso
Em razão ao fato de ter sido citado pelo presidente da Chapecoense no texto, a reportagem entrou em contato com o diretor jurídico da Federação Paraense de Futebol, André Cavalcante, que se posicionou com relação ao assunto.
"Sim, (o presidente) entrou em contato umas 3:30h. Na verdade já estávamos falando com eles desde que mandaram o Ofício para a CBF. Realizamos reuniões com o Remo, PM e MP para reforçar a necessidade de ações para garantir a segurança da delegação, inclusive a segurança no hotel, porém, mesmo perguntando várias vezes o hotel que eles iriam ficar, não nos foi informado", disse André.
"Isso era importante porque já tínhamos acertado com a PM o destacamento de uma viatura para permanecer de prontidão na frente do hotel e, logicamente, evitar esses episódios. Quando nos acionaram, na madrugada, agimos imediatamente, porém, precisamos lembrar o momento da cidade, com muitos eventos e, logicamente, a sobrecarga da PM. De toda sorte, como não houve mais contato após esse episódio, creio que não ocorreram mais episódios em frente ao hotel", concluiu.
Sem suspeitos identificados
Até o momento, não há informações sobre os autores da ação. O episódio ocorre poucas horas antes do duelo decisivo entre Remo e Chapecoense, marcado para as 18h30, no Estádio Baenão, em Belém. O jogo é considerado decisivo na luta pelo acesso à Série A de 2025, já que as duas equipes estão empatadas com 57 pontos e ocupam posições dentro do G-4 da Série B.
Vídeo do momento em que fogos eram acionados na frente do hotel
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