Um dos principais jogadores do Paysandu na temporada, o volante Anderson Uchôa não joga desde a primeira partida da segunda fase da Série C, dia 13 de dezembro do ano passado. Ele foi substituído ainda no primeiro tempo do jogo contra o Ypiranga-RS, depois de também passar algumas rodadas de fora. A equipe não depende do jogador de 29 anos, mas perdeu qualidade sem ele. De fato, Uchôa nem é o melhor marcador entre os volantes bicolores, mas é de longe o que tem o melhor passe e quem ajuda mais na criação das jogadas.
Como iniciou apenas essa semana o trabalho de transição para o campo, a presença de Uchôa é incerta. O mais provável é que o técnico João Brigatti possa utilizar o jogador apenas no encerramento do Grupo D, no próximo final de semana, mais uma vez diante do Ypiranga, desta vez em Erechim. Embora ele ainda tenha chance de ser relacionado e jogar o clássico, se for necessário. Para os jornalistas do Grupo RBA, a falta que o meio-campista faz ao time bicolor não teve uma solução à altura pelo que Uchôa fez na temporada.
“Acho que há uma perda na proteção da zaga. No último jogo, o técnico bicolor mudou o esquema de jogo por não ter um jogador do mesmo nível. O Uchôa é um jogador que tem um bom passe e tem uma noção de cobertura dos dois lados. Ele se comunica e comanda o setor. Ele foi fundamental na campanha do Paysandu e está fazendo muita falta”, afirma o comentarista Rui Guimarães.
Remo e Paysandu fazem hoje o jogo mais importante dos últimos tempos
Coordenador de esporte da Rádio Clube do Pará, Giuseppe Tommaso defende que por mais que a falta seja muito sentida, não adianta tentar apressar esse retorno, sob o risco de uma nova lesão. “O Paysandu acabou ficando vulnerável sem o Uchôa, pois quem entrou não supriu essa necessidade, não rende a mesma coisa da dupla que o Uchôa fez com o PH. Sem ele o time perde muito em pegada e marcação. Mas, por mais importante que seja, só deve voltar se estiver totalmente recuperado”.
Colunista do Bola e comentarista da Rádio Clube, Gerson Nogueira salienta que comparando a qualidade entre todos os volantes do Papão, é em Uchôa que reside a expectativa do passe qualificado, algo que vem fazendo falta ao time. “A perda do Uchôa prejudica substancialmente o sistema defensivo do Paysandu, pois ele é o volante mais eficiente e impacta mais ainda na transição, visto que tem o melhor passe entre os homens de meio, além de arriscar finalizações. Vejo que a carência de bons jogadores de meio-campo e de meias criativos tornou Uchôa ainda mais imprescindível ao esquema de João Brigatti”.
A opinião é basicamente a mesma do chefe da equipe de esporte da Rádio Clube do Pará, Guilherme Guerreiro. O jornalista salienta, inclusive, a tranquilidade que o jogador passa ao setor com a tranquilidade que demonstra em campo. “Uchôa faz muita falta ao time do Paysandu, não apenas pelo posicionamento tático, a boa marcação, mas sobretudo pela qualidade na iniciação das jogadas e pela liderança serena no grupo bicolor. O time bicolor tem sofrido muito com a sua ausência nos últimos jogos. Uchôa é uma das referências da equipe”.
E mais...
Sem Uchôa, o Papão deve apostar em um meio de campo com PH, Wellington Reis e Juninho, sendo que apenas o primeiro conta com apoio incondicional da Fiel bicolor, com os demais tendo que correr atrás de aprovação. O outro volante do grupo, Serginho, caiu em desgraça justamente em um Re-Pa, por uma expulsão boba. Então, hoje, é dia do meio de campo provar para a torcida a sua qualidade. Para o técnico Brigatti, nada a temer, pois o grupo bicolor é forte e vai corresponder dentro de campo.
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