No período de um ano, o Clube do Remo foi do céu ao inferno! No início da temporada de 2021, os azulinos comemoravam o tão sonhado retorno à Série B do Brasileiro, após 13 anos distante do segundo escalão do futebol nacional. No início deste ano de 2022, os remistas vivem um momento conturbado, onde podemos dizer que são reflexos do rebaixamento vexatório da equipe para a Terceira Divisão.
Somente de cota de transmissão recebida no ano passado por disputar a Segundona foram R$ 8 milhões, fora patrocinadores e as bilheterias, que chegaram na reta final da competição. Ou seja, entrou grana nos cofres azulinos. Com ela, a compra do Centro de Treinamento do clube foi feita, dívidas foram sanadas, mas, ao que parece, não houve uma boa gestão financeira.
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O Remo iniciou 2022 apostando no técnico Paulo Bonamigo, um dos responsáveis do acesso à Série B do Brasileiro, mas que caiu em terceiro lugar no Campeonato Paraense e foi dispensado no início do campeonato nacional, deixando o Leão na zona de rebaixamento. O treinador fez parte da montagem da espinha dorsal do Clube de Periçá, rebaixado e sem forças ao término da temporada.
Até o momento, há uma grande demora na adaptação dos jogadores à filósofa da comissão técnica. Os azulinos não conseguem manter um padrão tático, peca no entrosamento entre os atletas novatos e remanescentes e vemos impaciência/limitação nos fundamentos básicos, gerando nervosismo na criação e afobação na finalização das jogadas.
Além disso, vemos erro de planejamento, onde a diretoria e comissão técnica fizeram muitas apostas e trouxeram poucos jogadores referendados pra composição do elenco. Talvez acreditar em Felipe Gedoz e Erick Flores tenha sido fundamental para isso. No entanto, esses pilares passam por oscilações entre falta de ritmo e DM. O camisa 10, por sinal, nem jogará mais o Parazão.
O Clube do Remo tem um elenco duvidoso e peças aquém do esperado. As inscrições para o Campeonato Paraense foram encerradas nesta sexta-feira (4), ou seja, Paulo Bonamigo terá em mãos o que já conhecemos e sem o principal jogador. A diretoria estuda contratações, mas o Filho da Glória e do Triunfo passa por problemas financeiros, revelados por Fábio Bentes.
Resta ao torcedor azulino aguardar para saber o que irá acontecer e cobrar melhorias. A disputa da Série C do Brasileiro está prevista para o dia 9 de abril, pouco mais de um mês. Antes disso, os azulinos chegam à última rodada do Parazão buscando a classificação e uma derrota para o Águia de Marabá, combinada com vitórias de Independente e Castanhal, encerrarão a participação azulina precocemente no estadual.
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