Naming rights do Mangueirão vai à licitação; contrato será de 5 anos

Embora estádios e ginásios sejam, muitas vezes, símbolos afetivos para torcedores e frequentadores, a busca por sustentabilidade financeira tem levado governos a novas estratégias de gestão desses espaços. Um desses caminhos é a comercialização dos direitos de nome - prática que ganha força no Pará.

Na manhã desta quinta-feira (26), uma audiência pública realizada no auditório da Procuradoria Geral do Estado (PGE), em Belém, marcou o início do processo que deve culminar na concessão dos naming rights do Estádio Olímpico do Pará Jornalista Edgar Proença, o Mangueirão, e da Arena Guilherme Paraense, o Mangueirinho. A proposta integra uma estratégia mais ampla do governo estadual para gerar receita, garantir manutenção constante e promover ações de impacto social.

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Segundo informações apresentadas na audiência, o Mangueirão movimentou entre R$ 8 e R$ 12 milhões em receita somente em 2024, recebendo quase dois milhões de visitantes ao longo de 68 eventos realizados. A média de público foi de cerca de 30 mil pessoas por evento. A perspectiva é que esses números orientem os lances das empresas interessadas em associar sua marca à principal praça esportiva da região Norte.

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DURAÇÃO DA CONCESSÃO

O contrato de cessão terá duração de cinco anos e, além do direito de nomear o estádio, exigirá das empresas vencedoras contrapartidas sociais. Ou seja, a realização de atividades voltadas à educação e ao interesse coletivo.

A Arena Guilherme Paraense, o Mangueirinho, também está inclusa no pacote de concessões. Em 2024, o ginásio recebeu mais de 190 mil pessoas em 37 eventos - o que equivale a uma média de público de cinco mil por programação. A arrecadação gerada pelo Mangueirinho neste período ficou entre R$ 4 e R$ 6 milhões.

PREGÃO PRESENCIAL

A licitação será realizada na modalidade de pregão presencial e seguirá os parâmetros da Lei Federal nº 14.133/21 e da Lei Estadual nº 10.963/25, além do acórdão nº 2844/2010 do Tribunal de Contas da União (TCU).

A Secretaria de Estado de Planejamento e Administração (SEPLAD) está recebendo sugestões da população até o dia 4 de julho. Após esse prazo, o edital definitivo da licitação será publicado, formalizando o início da disputa pelas marcas que pretendem rebatizar os espaços esportivos mais emblemáticos do Pará.

Outro ponto de destaque no projeto é a valorização do entorno e a preparação da cidade para sediar a COP 30, conferência climática da ONU que acontecerá em Belém em 2025.