Leão precisa acordar
Com 38 pontos, em 12º lugar na classificação, o Remo enfrenta o Brusque hoje disposto a quebrar a sequência de três partidas sem vitória na Série B. O desafio é superar um adversário que corre risco de rebaixamento (16º colocado, com 32 pontos), tem três pontos perdidos por condenação (apologia ao racismo) e sofreu goleada na última rodada.
Para reencontrar a vitória, o Remo terá que ser objetivo e certeiro nas finalizações. Jogadas têm sido criadas, tanto em triangulações quanto em cruzamentos, mas os atacantes estão devendo – e muito. Nas últimas cinco partidas, o Remo marcou apenas dois gols, contra Sampaio e Náutico.
Diante do Vila Nova, o ataque finalizou 25 vezes, mas só chutou em direção ao gol em quatro tentativas. O adversário finalizou seis vezes, acertou quatro chutes e fez o gol.
Está mais ou menos claro que o modelo proposto por Felipe Conceição já foi testado e suficientemente aprovado, sendo responsável pela ascensão do time no campeonato, deixando uma posição vexatória para alcançar uma colocação intermediária e digna.
A dúvida é se, em algumas situações, o modelo não pode ser reciclado ou levemente alterado. É interessante a preferência por um ataque de mobilidade, inversão e trocas rápidas de passe, mas quando surge um jogador que sabe finalizar algo deveria ser repensado.
Neto Pessoa, que estreou por alguns minutos em Goiânia, mostrou desenvoltura e nas poucas vezes em que recebeu a bola deu bom tratamento a ela. Quase marcou num chute cruzado pelo alto e chutou da entrada da área para excelente defesa do goleiro. Num ataque que chuta tão mal, desperdiçar um bom finalizador é constitui pecado grave.
Fazendinha é a bola da vez no Papão
O PSC encara o confronto com o Ituano, amanhã, em Itu-SP, como uma decisão. Deve, aliás, encarar todos os jogos do quadrangular da Série C como autênticas finais. São partidas decisivas, que irão determinar o acesso à Série B 2022. Depois de dois empates, a necessidade de vitória pressiona os bicolores. Um empate não seria desastroso, mas uma derrota pode comprometer todo o projeto de subida.
Sem seu principal articulador, José Aldo, lesionado, o técnico Roberto Fonseca tem duas opções para o setor de meio-campo. Ruy e William Fazendinha. O ex-jogador do Castanhal vem pedindo passagem desde que foi contratado. A rigor, não teve chances ainda.
Na segunda-feira, contra o Botafogo, quando precisou substituir José Aldo, Fonseca deixou clara a sua preferência, optando por Ruy, que voltava de contusão. Fazendinha, porém, era a melhor alternativa àquela altura do jogo. Para amanhã, ele segue na condição de melhor substituto para José Aldo.
A questão é que a escolha, que a todos parece óbvia, cabe ao comandante, que é lento nas mexidas e teimoso na preferência por alguns jogadores.
Micos absurdos que o futebol insiste em pagar
Jogadores e funcionários do Cruzeiro de braços cruzados, em greve por falta de pagamento de salários, e o presidente do clube se apresenta para dar palestra sobre gestão de futebol na Europa. Coisas de um clube que parece se acomodar com a Segunda Divisão. Coisas de uma casta de dirigentes que adora fazer pose enquanto a casa cai.
Lembrou até aquele slogan gaiato e inesquecível que a FPF mantinha até certo tempo atrás: “Ensinando o Brasil a fazer futebol”.
Onde há fumaça, geralmente tem mala também
A Rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, deu o alerta. O Flamengo teria oferecido um agrado financeiro para a Chapecoense no duelo com o Atlético-MG, há duas rodadas. O objetivo óbvio seria tirar pontos do Galo na disputa direto pelo título da Série A.
A informação da rádio mineira revelou até o valor do suposto incentivo: entre R$ 400 mil a R$ 500 mil, sem a necessária apresentação de provas. O episódio ganhou repercussão e obrigou o Flamengo a se manifestar através de seu vice-presidente Rodrigo Dunshee.
O cartola soltou o verbo naquele estilo arrogante da atual gestão rubro-negra. Negou enfaticamente qualquer arranjo com a Chape e foi logo ameaçando processar a Itatiaia pela denúncia, sem esquecer de citar que o dono da emissora, Rubens Menin, também é grande colaborador do Galo.
A torcida brasileira espera, sem falsas esperanças, que tudo seja esclarecido, porque sabidamente ninguém é anjo nessa história. Afinal, a chamada “mala” vive à solta, zanzando por aí, dependendo do grau de interesse dos envolvidos e da conta bancária de cada um.
Como é difícil provar a sua existência, o esquema guarda semelhança com a velha máxima sobre as bruxas: “No creo en brujas, pero que las hay, las hay”.
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