Claudinei Oliveira destaca garra do Paysandu após empate

O empate por 1 a 1 com o Amazonas, na noite da última quarta-feira (23), em Manaus, manteve a invencibilidade do treinador Paysandu, Claudinei Oliveira, à frente da equipe, e trouxe na bagagem um ponto importante conquistado fora de casa — mesmo com todos os obstáculos encontrados ao longo dos 90 minutos. Para Claudinei, o resultado foi satisfatório, principalmente pelas circunstâncias adversas, que começaram a surgir ainda no primeiro tempo.

Um dos pontos mais sensíveis destacados pelo técnico após a partida foi o estado do gramado do Estádio Carlos Zamith. De acordo com Claudinei Oliveira, as condições do campo atrapalharam diretamente o desempenho do Paysandu, especialmente na segunda etapa. “Além de correr com um a menos, o gramado não ajudou. Isso interfere nas tomadas de decisão. Em muitos momentos, nossos jogadores poderiam ter dado um passe em profundidade, já que o Amazonas estava com a linha alta, mas optaram pelo passe curto. Faltou capricho na escolha da jogada, e o desgaste pesou nesse aspecto. Os erros de passe acabam acontecendo nessas condições”, explicou o treinador.

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Mesmo com os percalços, o técnico valorizou a entrega dos atletas em campo e o esforço coletivo para evitar a derrota. O momento-chave do jogo veio ainda no primeiro tempo, quando o Paysandu vencia por 1 a 0, com gol de Diogo Oliveira, e teve o zagueiro Joaquín Novillo expulso após revisão do VAR, por falta em Henrique Almeida. O lance obrigou o time paraense a mudar sua estratégia por completo ainda com 35 minutos de bola rolando. No segundo tempo, o Amazonas chegou ao empate, aproveitando uma infelicidade de Anderson Leite.

Durante a entrevista coletiva, Claudinei destacou que o time estava bem até a expulsão, e que a força do elenco ficou evidente na maneira como souberam se portar com um homem a menos durante mais de 60 minutos de partida. “Fizemos um jogo equilibrado até a expulsão, com controle das ações. Depois, soubemos segurar a pressão, com muita entrega. No intervalo, pedi para os jogadores correrem por Novillo. Todos se dedicaram ao máximo. Buscávamos a vitória, mas esse ponto precisa ser valorizado pelo esforço coletivo”, afirmou.

O resultado contra o Amazonas veio logo após uma grande vitória sobre o Coritiba, então líder da competição, fora de casa, no Estádio Couto Pereira, no último fim de semana. Assim, o Papão encerra uma sequência de dois jogos fora de casa com quatro pontos somados — meta traçada pela comissão técnica antes das viagens. “Nós aceitávamos, no mínimo, quatro pontos nesses dois confrontos, e conseguimos. É claro que jogar 11 contra 11 talvez nos desse mais chance de vencer hoje, mas faz parte do futebol. Contra o Coritiba mostramos nossa força com imposição, e hoje mostramos que também sabemos resistir na dificuldade”, concluiu Claudinei.

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Com o empate em Manaus, o Paysandu chegou aos 19 pontos e segue fora da zona de rebaixamento, ocupando a 16ª colocação. Já são sete partidas de invencibilidade na chamada “Era Claudinei Oliveira”, que começa a resgatar a confiança da torcida bicolor na luta pela permanência na Série B.

Na próxima segunda-feira, dia 28, o Paysandu tem um novo desafio pela frente. A equipe bicolor fecha o primeiro turno da Série B do Campeonato Brasileiro em casa, no Estádio Banpará Curuzu, onde enfrenta o Athletic às 21h30, pela 19ª rodada. Será mais uma oportunidade para o Papão dar sequência à reação na tabela sob o comando do técnico Claudinei Oliveira, que ainda não sabe o que é perder desde que assumiu o time.