
O Paysandu vive um dos momentos mais delicados da história. Lanterna da Série B do Campeonato Brasileiro, o Papão soma apenas 21 pontos e carrega oito jogos sem vencer, sendo 5 derrotas consecutivas.
De acordo com o Departamento de Matemática da UFMG, o risco de queda é altíssimo: 90,2%. É esse cenário que o técnico Márcio Fernandes reencontra ao voltar ao clube.
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O treinador inicia a quarta passagem pelo Papão. Na última vez, em 2024, evitou a queda e terminou em 13º, com 49 pontos. Ele chegou a iniciar o trabalho em 2025, mas caiu ainda no Campeonato Paraense.
"Acho que é a terceira ou quarta vez que estou aqui. Isso me engrandece muito. Trabalhar em uma grande equipe, que hoje enfrenta uma situação difícil. Vamos precisar de todos para que a gente se fortaleça e se torne um time forte", destacou.
Agora, a missão é ainda mais complicada. Restam 13 jogos para buscar uma reação que parece improvável. A estreia será neste sábado (13), no Mangueirão. O adversário é o América-MG, primeiro time dentro do Z-4, com 26 pontos.
"Temos que acreditar para que as coisas aconteçam. Além disso, é um momento em que precisamos muito do nosso torcedor. O próximo jogo será no Mangueirão, mas vamos voltar para a Curuzu com o torcedor ajudando e empurrando. Não é qualquer jogador que tem estrutura e personalidade para encarar o Paysandu aqui", ressaltou.
A matemática é simples: 45 pontos é a pontuação que geralmente dá a permanência de um clube se livrar do rebaixamento, segundo a média de outras edições. Entretanto, neste momento, a marca representa ainda 12% de risco.
Em 2024, Márcio Fernandes conseguiu sete vitórias, dois empates e quatro derrotas na reta final da Segundona. Caso repita o aproveitamento, chegaria aos 44 pontos e aí teria que contar com os deuses do futebol.
"Conseguimos um número que, se fosse hoje, nos daria a permanência na Série B. São coisas positivas, mas não nos dão certeza de nada. Temos um caminho, e esperamos que ele seja vitorioso", finalizou.
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