
O futebol brasileiro vem passando por grandes reformulações em modelo de gestão e sobretudo modernização em seus diversos setores. E um desses novos "modus operandi" tem sido a Sociedade Anônima do Futebol (SAF), no qual ganha mais adeptos ao longo dos tempos. Com ideia de revolucionar a gestão esportiva no país, dando maior profissionalização, transparência e atratividade para investidores, o projeto já passa a ser visto com bons olhos dentro do Paysandu.
Tendo em vista a grande crise no futebol com o time ocupando a última colocação da Série B do Campeonato Brasileiro, no qual já está virtualmente rebaixado à Série C de 2026, o presidente Roger Aguilera, defendeu publicamente a adoção da SAF, como alternativa principal de reestruturar o Papão. Em entrevista ao canal “Fala Abner!”, no YouTube, o dirigente classificou o atual modelo de gestão do clube como ultrapassado.
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Aguilera citou os casos de sucesso do Bahia, adquirido pelo Grupo City, e do Botafogo-RJ, comprado pelo empresário americano John Textor, como exemplos de como a SAF pode mudar o destino de clubes tradicionais do futebol brasileiro e destacou que, sem a transformação, o Paysandu dificilmente conseguirá alcançar um novo patamar competitivo.
“O Paysandu tem que fazer uma SAF. A gente vai continuar nesse modelo de gestão que a gente sabe que não vai dar certo. Precisamos achar um grupo sério: olha o Bahia, cara, todo ano era a mesma história e hoje é outro patamar. O Botafogo, que é um time tradicional, ninguém imaginava que iria ganhar um Brasileiro e uma Libertadores no mesmo ano”, afirmou.
SAF avaliada em R$ 300 milhões
Durante a entrevista, Aguilera revelou que o projeto de SAF do Paysandu já possui uma avaliação de mercado: R$ 300 milhões. O valor se refere exclusivamente ao departamento de futebol, uma vez que um dos modelos de negócio em estudo prevê o desmembramento das demais áreas do clube e a divisão de participação com investidores.
“A SAF do Paysandu é R$ 300 milhões. A gente fez o valuation dela junto com uma empresa e deu esses 300 milhões. O futebol, é claro, pois tu desmembra do resto. E aí tem vários modelos de SAF, com o clube tendo 20%, etc.”, explicou Roger Aguilera.
Crise financeira e dificuldades na Série B
Aguilera também comentou sobre a temporada conturbada do Paysandu na Série B do Campeonato Brasileiro. O clube completou 30 rodadas dentro da zona de rebaixamento e vive um dos momentos mais delicados dos últimos anos. Segundo o presidente, a decisão de montar um elenco enxuto, tomada em conjunto com o ex- executivo Felipe Albuquerque, teve impacto direto no desempenho da equipe.
"Era um ano em que até poderíamos brigar por mais. Eu acho que o elenco enxuto pesou muito também. No início do ano, você pode ver que muitos jogadores saíram. Estava num momento de indefinição e muitos não queriam vir. Porque a situação financeira é complicada e o torcedor tem o direito de cobrar sempre. Mesmo sendo a maior arrecadação da história, o clube teve um déficit muito grande. A maior parte dessa arrecadação já estava comprometida por causa do ano passado. Coisa de R$ 20 milhões arrecadados foram usados para pagar contas de 2024", finalizou.
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