Maior negociação do clube, atacante Marlon encerra contrato com Paysandu

No futebol, trajetórias marcantes nem sempre têm finais proporcionais ao impacto que um jogador construiu dentro de campo. Personagem da maior negociação da história do clube em 2022, o meia-atacante Marlon encerrou oficialmente sua passagem pelo Paysandu Sport Club. O clube anunciou a rescisão de contrato em comum acordo entre as partes, colocando ponto final em um vínculo que atravessou momentos de glória e mudanças profundas no cenário esportivo do Papão.

Em nota oficial, o Paysandu informou que a decisão foi tomada de forma consensual e agradeceu ao atleta pelos serviços prestados, destacando também a postura respeitosa durante todo o processo de desligamento. O clube desejou sucesso ao jogador na continuidade da carreira.

CONTEÚDOS RELACIONADOS

• "Muito feliz de estar vestindo a camisa do Paysandu", diz Caio Mello
• "Paysandu é o maior campeão da Amazônia", destaca Jean Drosny
• Paysandu promete elenco enxuto e salários em dia para 2026

Com a camisa bicolor, Marlon construiu números expressivos. Foram 32 gols em 138 partidas oficiais, além de participações decisivas em conquistas importantes. O meia-atacante foi bicampeão da Copa Verde, nos anos de 2022 e 2025, e levantou também o título do Campeonato Paraense de 2021.

A saída, no entanto, ganha um peso simbólico maior quando comparada ao passado recente do atleta no clube. Em 26 de dezembro de 2022, o Paysandu anunciou a venda de Marlon ao Gil Vicente, de Portugal, em uma transação que, à época, entrou para a história como a maior negociação já realizada pelo clube — feito que segue como recorde até hoje.

Embora os valores não tenham sido oficialmente divulgados, por conta de cláusula de confidencialidade, o acordo girou em torno de 350 mil euros, o equivalente a aproximadamente R$ 1,95 milhão, considerando a cotação da moeda na época da negociação.

Três anos depois, o desfecho é bem diferente. Marlon deixa o Paysandu sem custos de transferência, após rescisão contratual, encerrando um ciclo que começou com recordes financeiros e terminou de forma discreta, sem retorno econômico ao clube.