A Câmara Municipal de Cuiabá (MT) aprovou na terça-feira (21) em primeira votação um projeto de Lei que cria o Dia do Orgulho Hétero na cidade. O autor do projeto é o vereador bolsonarista Tenente Coronel Paccola (Cidadania). De acordo com o Projeto, a data será celebrada no terceiro domingo do mês de dezembro.
Na primeira votação, o texto recebeu 15 votos favoráveis e um contrário, tendo oito ausências. A segunda votação estava prevista para esta quarta (22) em uma sessão extraordinária, mas o texto foi retirado de votação pelo vereador Adevair Cabral (PTB), que pediu vista (tempo maior para analisar a proposta). O PL só será votado em definitivo no ano que vem.
Em suas redes sociais, o coronel Paccola disse que decidiu apresentar o projeto depois de uma conversa com o filho e sobrinhos, eles disseram que "na escola para participar de determinados grupos [os estudantes] tinham de beijar meninos e meninas".
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"O objetivo principal por trás deste projeto é que não destruam o modelo tradicional de família, os valores conservadores cristãos e o sentimento de civismo patriótico que são as marcas mais fortes de nós conservadores", disse Paccola.
"Não tenho nada contra, muito pelo contrário, tenho amigos no primeiro contato direto que são homossexuais, não tenho nada contra", afirmou o vereador, que completou. "A ciência se constitui uma família com cromossomo XX e XY.
Única vereadora a votar contra a proposta, a petista Edna Sampaio também afirmou em rede social que "não há do que se orgulhar, já que o Brasil é o país que mais mata pessoas LGBTQIA+ no mundo".
"Existe uma supremacia hétero, como se fosse crime ser LGBTQIA+. Qual é o orgulho num mundo onde uma pessoa que não é hétero é morta por não ter uma orientação hétero?", questiona.
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