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SERÁ O FIM?

Bombril enfrenta crise e dívidas ultrapassam R$ 400 milhões 

O ápice da crise veio em 2015, quando a empresa chegou a dever quase R$ 900 milhões. De lá pra cá, a empresa vem sobrevivendo, mas nunca se recuperando totalmente das dívidas.

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Imagem ilustrativa da notícia Bombril enfrenta crise e dívidas ultrapassam R$ 400 milhões  camera Comercial da Bombril protagonizado pelo ator Carlos Moreno. | Reprodução/Youtube

A empresa Bombril vive uma crise econômica tão grave que foi obrigada a solicitar um empréstimo de R$ 300 milhões para não abrir falência. A marca, historicamente popular no Brasil por seus produtos de higiene e limpeza, enfrenta muitas dívidas acumuladas.

O problema não vem de hoje. Em 2003, a empresa se endividou e pediu recuperação judicial. A Bombril chegou a sair da fase de recuperação em 2006, porém as dívidas continuaram.

Muitos produtos da marca chegaram a sumir das prateleiras de mercados em 2013, devido a falta de dinheiro para produção e transporte. O ápice da crise veio em 2015, quando a empresa chegou a dever quase R$ 900 milhões.

A Bombril até teve uma recuperação e reestruturação em 2017, quando fechou o ano com as contas equilibradas e registrou resultados positivos nas vendas. Mesmo assim, os lucros não foram suficientes para pagar as dívidas acumuladas durante tantos anos de crise.

A dívida da Bombril hoje ultrapassa R$ 400 milhões, com juros que aumentam o valor em 24% por ano. Para pagar parte dessa dívida foi necessário emprestar os R$ 300 milhões, que dão alguma esperança para o empreendimento, mas não resolvem completamente a crise financeira instaurada.

De acordo com Roberto Kanter, economista especialista em Varejo e professor da FGV, o empréstimo ainda não resolve todos os problemas da Bombril, que envolvem diretamente o modo de venda de seus produtos.

"O Bombril é ótimo, mas as pessoas não compram toda semana. Enquanto o mundo inteiro busca criar modelos digitais, a Bombril é muito analógica. Isso, talvez, seja um dos maiores entraves ao futuro da companhia", declarou o economista.

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