Durante as buscas por Lázaro Barbosa Sousa, de 33 anos, autor de uma série de crimes no Distrito Federal e em Goiás ao longo da última semana, policiais encontraram na casa onde o assassino em série morava, em Cocalzinho, objetos de cunho religioso, que não possuem necessariamente nenhuma ligação com os crimes.

Segundo as autoridades de segurança pública que compõem a força-tarefa formada para localizar e prender Lázaro, não é possível afirmar que as mortes são parte de um ritual religioso. Durante entrevista na noite da última terça-feira (15), o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, esclareceu que a investigação não podia indicar se os crimes de Lázaro podem ser associados a rituais "macabros".

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"O que comparamos é o modus operandi do indivíduo, em relação aos outros casos. Capturar e levar pra beira de um rio. Por isso, nossas equipes centraram buscas nas margens do rio próximo a casa e acabaram por salvar a vida da família", disse, referindo-se ao casal e à adolescente resgatados após serem feitos reféns pelo criminoso.

Miranda, que tem acompanhado as buscas, afirmou que considera Lázaro um "psicopata".

"Estamos com oito vítimas confirmadas, cinco delas fatais e em situações que levam qualquer um a ficar preocupado. Todas as propriedades que ainda têm pessoas que precisam ficar lá nós colocamos viaturas próximas, estamos dando todo o amparo para a população até a retirada desse sujeito aqui da região. E não vamos sair daqui até desentocá-lo e apresentá-lo para a Justiça "

A presença de Lázaro na região despertou uma onda de medo entre moradores e lojistas.

"O pessoal está com medo, está ficando mais quieto. Tem mulher sem dormir, o pessoal de fazenda deixou suas chácaras. É uma tensão bem grande", disse o comerciante Eduardo Ferreira, de 41 anos. "A torcida é para a polícia pegar logo, que finalize esse trabalho com êxito. Enquanto não pegar, acho que não volta à vida normal, não."

Além das cinco mortes no Distrito Federal, Lázaro responde por outros dois assassinatos na Bahia. A força-tarefa montada pelas secretarias de Segurança Pública de Goiás e do DF para prendê-lo tem base em Cocalzinho. O grupo conta com policiais da Polícia Militar (PMDF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia Federal (PF) e da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). O grupo conta com o reforço da cavalaria.

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