Repercutiu nacionalmente a prisão do militante conhecido como Paulo Galo, que confessou ter ateado fogo na estátua do bandeirante Borba Gato, no último dia 24 de julho. O monumento foi erguido no século 18, em São Paulo, em homenagem ao escravocrata que carrega sob sua figura inúmeros relatos de tortura a negros e indígenas.
Após esse episodio, o debate sobre homenagens públicas a escravocratas nas ruas reacendeu e, com ele, retomada a proposta de proibir homenagens a algumas personalidades da história brasileira.
Em 2020, Talíria Petrone e Áurea Carolina (PSOL), ao lado de Orlando Silva (PCdoB), em articulação com a Galeria de Racistas, apresentaram o projeto de lei 5926/2020, que busca proibir estátuas, bustos e placas de pessoas que se beneficiaram dos mais de 300 anos de escravidão no Brasil.
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A proposta prevê que esse monumentos sejam realocados para museus, para serem expostos não de maneira heroica, mas, sim, de forma crítica pelos crimes que cometeram em vida. No lugar, a ideia é colocar homenagens a personagens históricos negros e indígenas, que lutaram e resistiram ao genocídio do povo negro, segundo a proposta.
Nesta semana, as parlamentares apresentaram um requerimento para que o projeto seja apreciado pelo plenário da Câmara dos Deputados. A campanha em defesa da aprovação do projeto foi batizada de “Na Minha Rua, Não!”.
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