Gilbert Wagner Antunes Lopes, de 42 anos, já foi preso e alvo de operações da Polícia Civil por conta de homicídios no estado do Espírito Santo. Já foi réu em várias ações penais e condenado em uma delas a sete anos de reclusão por tentativa de assassinato. Mais do que isso, já foi acusado de chefiar uma milícia na cidade de Marataízes, no litoral do Estado.
O que se descobriu recentemente, após uma reportagem fruto de uma denúncia no portal Metrópoles, é que “Waguinho”, como era conhecido o homem que carrega uma série de acusações de crimes hediondos como esses, foi empregado por quase dois anos pelo Comando da Aeronáutica no período de maio de 2018 a março de 2020.
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Na Força Aérea Brasileira (FAB), ele começou como terceiro-sargento temporário por meio de um processo seletivo. Atualmente, um terceiro-sargento ganha R$3.825 mensais, mas segundo dados do Portal da Transparência, o homem recebeu R$18,3 mil em dinheiro público relativos “a serviços prestados à Aeronáutica”.
A admissão na FAB em maio de 2018 foi aprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), mas a Corte não avaliou seu histórico - incluindo aí as operações policiais e condenações -, medida que deveria ter sido adotada pelas próprias Forças Armadas.
Documentos adulterados
A admissão do miliciano na FAB se transformou em um inquérito civil aberto pelo Ministério Público Federal (MPF), em setembro.
Para entrar na corporação, ele teria apresentado uma declaração e documentação falsas, motivo pelo qual foi denunciado pela 3ª Procuradoria de Justiça Militar (PJM) no Rio de Janeiro pelos crimes de falsidade ideológica e uso de documentos falsos. Não demorou muito e Waguinho foi expulso do Comando depois de 1 ano e 10 meses, após as Forças Armadas concluírem um processo administrativo.
Essa não foi a primeira vez que usou documentos adulterados.
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