O discurso de Jair Bolsonaro (PL), quando era presidente da República, era de que a corrupção tinha acabado e o governo dele seria limpo. Menos de um mês depois de encerrar o mandato as irregularidades e suspeitas de ilegalidade cometidas na gestão dele começam a aparecer. E, agora, já se fala também na possível existência de Caixa 2 dentro do Palácio do Planalto.
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No centro das ações desta situação está o tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid, homem de confiança de Bolsonaro - do tipo que tinha permissão até para guardar e olhar o celular do presidente. O oficial também era o responsável pelas despesas da família Bolsonaro. Para alguns, Cid se resumiria a um "faz tudo" do ex-presidente.
O oficial foi exonerado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no último dia 5 de janeiro. A descoberta do possível envolvimento do tenente-coronel no Caixa 2 se deu por meio de um levantamento feito pela Polícia Federal por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). As informações foram publicadas pelo jornalista Rodrigo Rangel, no portal de notícias 'Metrópoles'.
De acordo com a reportagem, o esquema seria alimentado com dinheiro vivo, proveniente de saques feitos dos cartões corporativos do ex-presidente na agência do Banco do Brasil localizada dentro do Palácio do Planalto, e por transações realizadas por militares lotados em quartéis das Forças Armadas.
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No ano passado, o ministro do STF Alexandre de Moraes atendeu a um pedido da Polícia Federal e autorizou a quebra de sigilo bancário e telefônico do coronel Cid, como é conhecido nos bastidores de Brasília. Foi observado movimentação bancária suspeita por Cid, que incluía despesas pessoais do próprio Bolsonaro, como da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Entre as informações colhidas pela PF está o pagamento em dinheiro vivo de faturas de cartão de crédito emitido no nome de uma amiga íntima da primeira-dama, e que era usado para despesas pessoais de Michelle.
Em setembro, a planilha de pagamento, com dinheiro vivo, de despesas do clã presidencial já chamava a atenção da PF. O modus operandi remeteu ao caso do senador Flávio Bolsonaro (PL), investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro pela prática de 'rachadinhas', envolvendo saques em dinheiro na boca do caixa e 'gerenciado' por funcionários de confiança da família.
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