A corrida pela prefeitura de São Paulo ganha novos capítulos todos os dias e um dos candidatos mais polêmicos é Pablo Marçal.
O influenciador digital e candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, está envolvido em uma controvérsia após lançar uma plataforma on-line, anunciada como um banco, que cobra R$ 45 para que correntistas abram uma conta em um banco verdadeiro que oferece o mesmo serviço de forma gratuita.
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De acordo com reportagem do portal Metrópoles publicada nesta segunda-feira (2), Marçal declarou ter criado o "General Bank", que estaria supostamente "autorizado" pelo Banco Central (BC). No entanto, investigações revelaram que o General Bank não é uma empresa de propriedade de Marçal e, não possui autorização do BC para operar como instituição financeira.
Os usuários que baixam o aplicativo da plataforma General Bank são obrigados a pagar uma taxa de R$ 45 para abrir uma conta no Asaas, uma instituição financeira devidamente registrada no BC que não cobra nenhuma tarifa para a realização desse serviço. Embora Marçal afirme em vídeos e palestras que abriu um banco por discordar do sistema bancário tradicional, a realidade é que o General Bank é apenas uma marca registrada por ele no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), sem qualquer vínculo com operações financeiras reais.
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Além do banco que não é banco, Marçal também reivindica a criação de uma seguradora, que, assim como o General Bank, está registrada em nome de terceiros e não possui autorização da Superintendência de Seguros Privados (Susep) para operar.
Essas iniciativas têm sido usadas por Marçal para promover sua imagem como um empresário de sucesso, em contraste com seus adversários na corrida eleitoral para a Prefeitura de São Paulo. Contudo, a autenticidade dessas alegações foi colocada em dúvida pelas revelações recentes.
O aplicativo do General Bank, disponível nas plataformas do Google e da Apple, é administrado pela empresa BRM1 Administradora, cujo único sócio é Bruno Pierro, amigo pessoal e apoiador da campanha de Marçal. Pierro, que se apresenta como "co-fundador" do General Bank ao lado de Marçal, também é conhecido por compartilhar estratégias para "faturar um milhão com qualquer negócio" em suas redes sociais.
A polêmica se intensifica ao se descobrir que a taxa de R$ 45 cobrada pelo General Bank, na verdade, é direcionada à conta da empresa BRM1 de Pierro. Na prática, o General Bank funciona apenas como um intermediário que cobra dos clientes para abrir uma conta bancária no Asaas, que oferece o mesmo serviço de forma gratuita e sem intermediários.
Em resposta às denúncias, nem Marçal nem seus sócios do General Bank quiseram se manifestar sobre a cobrança de um serviço gratuito e a falta de autorização do Banco Central. O Banco Central também não se pronunciou até o momento. Em letras miúdas no aplicativo do General Bank, há um aviso de que a empresa atua apenas como operadora do Asaas, sem responsabilidades sobre as operações financeiras.
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