
Milhões de brasileiros ainda não foram atrás de valores que lhes pertencem e seguem esquecidos no sistema financeiro. Segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta quarta-feira (13), mais de R$ 10,5 bilhões continuam disponíveis para resgate por clientes de instituições financeiras em todo o país. O levantamento tem como base dados atualizados até junho deste ano (2025) e revela que 48,2 milhões de pessoas físicas e 4,43 milhões de empresas ainda não solicitaram a devolução dos recursos.
Do total ainda disponível, aproximadamente R$ 8,03 bilhões pertencem a pessoas físicas, enquanto R$ 2,53 bilhões são de empresas. Mesmo após o encerramento do cronograma original de saques, previsto para outubro de 2024, o Ministério da Fazenda reforça que não há prazo limite para fazer a solicitação. Ou seja, o dinheiro continuará disponível até que o cidadão ou a empresa resolva buscá-lo.
Conteúdos relacionados:
- 'Pix 2.0': Drex vai acabar com golpes na compra de carros e facilitar crédito
- Brasil irá propor tarifa para países ricos frearem mudanças climáticas
- Após 18 meses de alta, preço do café registra primeira queda
Saiba como consultar se você tem dinheiro para ser resgatado
A consulta aos valores deve ser feita exclusivamente pelo site oficial do Banco Central. A plataforma mostra se o CPF ou CNPJ consultado tem recursos disponíveis e permite iniciar o processo de resgate. Para efetuar a devolução, é necessário ter uma chave PIX vinculada ao CPF ou CNPJ do titular. Caso a pessoa ainda não tenha uma, é possível cadastrar uma nova chave e retornar ao sistema.
Além disso, também há a opção de entrar em contato diretamente com a instituição financeira responsável pelo valor para combinar outra forma de pagamento. Contas conjuntas e instituições que ainda não aderiram ao sistema de devolução via PIX continuam exigindo solicitação manual por parte do usuário.
Automatização do resgate
Desde o fim de maio, o sistema passou a oferecer uma opção de resgate automático, funcionalidade disponível exclusivamente para pessoas físicas que tenham uma chave PIX cadastrada no CPF e conta gov.br com nível de segurança prata ou ouro.
A adesão a esse recurso permite que novos valores esquecidos sejam depositados automaticamente na conta do titular, sem a necessidade de novas consultas ou solicitações no sistema. Segundo o Banco Central, o objetivo é facilitar o processo e evitar que o cidadão precise acompanhar constantemente a plataforma.
Apesar da praticidade, o crédito é feito sem aviso prévio do Banco Central, sendo responsabilidade do usuário manter a chave PIX sempre ativa e válida para receber os valores.
Valores esquecidos: de onde vêm?
Os recursos disponíveis no sistema Valores a Receber são oriundos de diversas fontes, como:
- Contas correntes ou poupanças encerradas com saldo disponível;
- Tarifas cobradas indevidamente;
- Parcelas ou cotas de consórcios não procuradas;
- Recursos de contas de pagamento pré-pagas ou pós-pagas;
- Valores esquecidos em corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários, entre outros.
Veja como saber se você tem direito
Qualquer pessoa pode acessar o site do Banco Central para verificar a existência de valores esquecidos. É necessário informar o CPF e a data de nascimento, ou CNPJ e data de abertura, no caso de empresas. Caso haja valores a receber, o sistema indica os passos para a solicitação.
Apesar do sistema ter passado por um cronograma de liberações no início deste ano, o governo garantiu que não há um limite de tempo para o resgate. Isso significa que, mesmo que os valores fiquem anos esquecidos, eles continuam disponíveis para retirada a qualquer momento.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar