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CÍRIO DE NAZARÉ 2023

Catedral da Sé: o ponto de partida do Círio de Nazaré

Ao longo dos anos, a Catedral da Sé foi assumiu o posto de ponto de partida do Círo de Nossa Senhora de Nazaré em Belém e hoje é uma referência para a festa, de onde o trajeto da procissão do segundo domingo de outubro inicia.

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Imagem ilustrativa da notícia Catedral da Sé: o ponto de partida do Círio de Nazaré camera A Catedral da Sé é um dos mais belos patrimônios históricos e religiosos de Belém | Irene Almeida/ Diário do Pará

Há mais de dois séculos, a procissão do Círio de Nazaré reúne milhões de pessoas nas ruas da capital paraense. Mas nem sempre a maior festa religiosa do Brasil teve esse trajeto atual, com saída da Catedral Metropolitana de Belém à Basílica Santuário de Nazaré.

O historiador e cientista da religião, Márcio Neco, lembra que a primeira procissão do Círio foi realizada em 1793. Porém, neste período, a procissão saía da capela do Palácio do Governo e passava por algumas ruas da capital até chegar onde atualmente fica a Basílica Santuário de Nazaré, no bairro de Nazaré.

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“Quando o Círio foi criado pelo governador Dom Francisco de Sousa Coutinho, ele é levado para a Capela do Palácio. Não tendo relação nenhuma com a Catedral, embora ela já existisse na época. Foram 96 círios saindo da Capela do Palácio. Em 1882, o então bispo, Dom Macedo Costa, começa a negociar com o atual governador da época, Justino Carneiro, e vê que não há impedimentos para que o Círio possa começar a sair da Catedral. Nesse período já estamos rodeados das ideias dos movimentos republicanos, onde o Estado não tem mais essa tão grande associação com a igreja. Também pelo fato da Catedral representar imponência, religiosidade e sacralidade. São essas representações que faziam com que fosse conveniente que o Círio saísse da Catedral, se tornando uma grande referência. O que é a catedral? se não a sede da igreja, a igreja do bispo”, explica.

Márcio Neco, historiador e cientista da religião
📷 Márcio Neco, historiador e cientista da religião |Irene Almeida/ Diário do Pará

O historiador destaca que entre as tantas mudanças que já houve no Círio, a saída dele da da Sé é uma das mais importantes. “A catedral é referência da sede da igreja, do poder, do comando da igreja e, também ela está muito associada à questão da fundação da cidade. Com a fundação do Forte do Presépio, esta área era uma mata. Hoje em dia as coisas estão ligadas umas com as outras”.

Em 1617, a Catedral passa a ser uma paróquia, feita de madeira e de barro. “Só em 1619, quando o Pará é levado à condição de bispado, é obrigação de todas as arquidioceses terem uma catedral. Por conta disso, esta catedral, que era a igreja matriz de Nossa Senhora da Graça, passa a ser denominada assim. A catedral em 1748 vai entrar em uma reforma que vai terminar somente em 1774, quando o arquiteto Antônio Landi assume a reforma, deixando sua contribuição, como em outros lugares na cidade”, relembra.

Márcio Neco menciona a catedral como um elemento muito importante para o Círio. “Quando o Círio é reconhecido como patrimônio imaterial, a catedral vai ser mencionada como um elemento importante dessa procissão. Aqui se consolida o Círio, nós temos registros que na década de 90, a missa que dá início ao Círio era realizada dentro da catedral. Porém no início deste século ela começa a ser celebrada fora por uma questão de mais espaço e para as pessoas poderem participar melhor da celebração. Mas a catedral, continua sempre sendo um ponto de partida. Dom Macedo Costa vai trabalhar muito na reforma da catedral, trazendo obras importantes, telas e pinturas que enaltecem a beleza deste espaço”, pontua.

“Um dos motivos pelo qual o Círio vai passar a sair da catedral é justamente na época que nós tínhamos ali (embora o Círio seja sempre participativo), nós temos um número menor de pessoas. Mas isso vai crescendo, a partir disso Dom Macedo Costa vê a necessidade do Círio, enquanto festa religiosa partir de um espaço sagrado, possa abrigar um maior número de pessoas. Nessa época já era feito o traslado, sendo a procissão mais antiga da festividade nazarena. Na véspera do Círio de 1793, no dia 7 de setembro, o então governador Dom Francisco de Sousa Coutinho vai buscar a santa e trazer para a capela do palácio”, descreve.

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