No final de novembro deste ano, a emissora CNN noticiou a história de Parwana Malik, de apenas 9 anos, que foi vendida para se casar com um homem, de 55, no Afeganistão. Isso aconteceu porque a família não tinha renda para se sustentar, então o pai, Abdul Malik, viu o matrimônio forçado como uma solução.
Após a repercussão internacional do caso, a ONG Too Young to Wed (Muito jovem para se casar), dos Estados Unidos, se mobilizou para resgatar a menina.
“Estou muito feliz. Me livraram do meu marido. Meu marido era um homem velho. Eles me trataram mal. Me xingaram, me acordaram cedo e me obrigaram a trabalhar”, disse Parwana em entrevista à CNN.
De acordo com o jornal, a criança e seus familiares ficaram hospedados em um hotel e depois foram transferidos para uma casa em um local seguro, onde devem permanecer até o fim do inverno.
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A mãe da menina, Reza Gul, contou que foi contra o casamento. “Claro, eu fiquei com raiva. Lutei com meu marido e chorei. Ele disse que não tinha opção. Minha filha conta que bateram nela. Ela não queria ficar lá. Agora me sinto feliz e segura aqui. Meus filhos estão comendo bem desde que chegamos, eles estão brincando e estamos nos sentindo felizes.”
“É uma solução temporária, mas o que realmente estamos tentando fazer é impedir que as meninas sejam vendidas para o casamento. É um imperativo moral que a comunidade internacional não abandone as mulheres e meninas do Afeganistão. Todas as vidas são importantes, e as vidas que podemos salvar irão melhorar a experiência de toda a família delas e de suas comunidades”, afirmou Stephanie Sinclair, fundadora da ONG.
Abdul Malik ainda deve US$ 2.200 (cerca de R$ 12.422) para o comprador. A organização informou que irá ajudá-lo a quitar o débito.
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