Em 10 de fevereiro deste ano, o Journal of Vertebrate Paleontology publicou uma descoberta inédita feita na Argentina. Segundo a Livescience, trata-se do crânio de um dinossauro “sem braços” que viveu há mais de 70 milhões de anos.
Chamada de Guemesia ochoai, a espécie descoberta graças ao achado pertence ao ramo dos Abelisauridae— dinossauros carnívoros que vagavam pelo território que hoje conhecemos como a América do Sul, África e Índia. De acordo com os arqueólogos é possível que o indivíduo encontrado seja diferente de seus parentes.
Acontece que, além de não ter chifres, o dono do crânio provavelmente viveu na Argentina, onde seus restos foram encontrados. Os fósseis da grande maioria dos abelissaurídeos, por outro lado, foram descobertos na Patagônia, o que sugere que esse ramo de dinossauros viveu em diversos ecossistemas.
"Este novo dinossauro é bastante incomum para seu tipo", afirmou Anjali Goswami, do Museu de História Natural de Londres. "Isso mostra que os dinossauros que vivem nesta região eram bem diferentes dos de outras partes da Argentina, apoiando a ideia de províncias distintas no Cretáceo da América do Sul”, narrou a coautora do estudo.
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Curiosamente, segundo os pesquisadores, os abelissaurídeos provavelmente se alimentavam de titanossauros de pescoço comprido — um feito impressionante, ainda mais considerando que seus bracinhos curtos eram praticamente inúteis na caça.
Ainda mais, os especialistas creem que o dono do fóssil encontrado tinha um cérebro pequeno, devido ao tamanho de sua caixa craniana. Com um crânio 70% menor que seus parentes abelissaurídeos, acredita-se que o indivíduo ainda era jovem quando morreu — embora essa teoria ainda não tenha sido comprovada.
No total, já foram encontradas cerca de 35 espécies de abelissaurídeos na Argentina, mas, ainda de acordo com a Livescience, quase todas foram descobertas na Patagônia. Por isso, inclusive, o crânio do Guemesia ochoai representa um achado tão especial.
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