A Rússia exigiu a rendição dos últimos soldados ucranianos restantes em Mariupol, uma vez que a cidade se encontra à beira do colapso. Moscou anunciou que poupará a vida dos militares que estão entrincheirados em uma siderúrgica cercada pelas tropas russas - mas apenas se eles se renderem. Diante desse ultimato, Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, disse que a tomada da cidade portuária representaria a suspensão das negociações de paz entre os dois países. Se cair, Mariupol seria a primeira grande cidade tomada pela Rússia em quase dois meses de conflito.
Segundo informações do comando da operação, no Kremlin, a área urbana de Mariupol já foi completamente tomada. "Todos aqueles (ucranianos) que depuserem as armas é garantido que suas vidas serão poupadas", assegurou o coronel general Mikhail Mizintsev, chefe do Centro de Controle de Defesa russo. Segundo ele, os soldados ucranianos encontram-se "numa situação desesperadora, praticamente sem comida e água".
Os ataques contra a capital Kiev também prosseguem. Ainda na noite de sábado (16), uma fábrica de munições em Brovary, na região de Kiev, foi bombardeada. Em comunicado oficial, o Ministério da Defesa da Rússia que a planta industrial foi destruída por mísseis aéreos de alta precisão. O prefeito de Brovary, Ihor Sapozhko, confirmou que a infraestrutura da cidade foi afetada, inclusive interrompendo o fornecimento de energia e afetando os serviços de água e esgoto.
Siderúrgica sitiada
A siderúrgica onde estariam entrincheirados um número desconhecido de fuzileiros navais, além de combatentes da guarda nacional e do Batalhão de Azov - uma milícia nacionalista de extrema-direita -, está sendo utilizada como uma fortaleza pela resistência ucraniana.
Já a outra siderúrgica da cidade que vinha servindo como ponto de defesa foi tomada pelas tropas russas na última sexta-feira (15). Segundo o relato de jornalistas da Reuters, os bombardeios destruíram completamente o local e teriam provocado um grande número de baixas civis nos seus arredores.
Cercada há mais de um mês, Mariupol é o cenário de uma das maiores crises humanitárias do conflito. A cidade portuária sofreu intensos bombardeios, que a reduziram a escombros. As autoridades locais alegam que ao menos 20 mil civis já teriam morrido na região, desde o início da operação militar russa.
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