Recentemente, diversos países têm registrado casos de pacientes diagnosticados com "varíola de macaco", doença viral rara causada pelo vírus da varíola símia. Os sintomas iniciais são semelhantes aos da gripe e com inchaço dos gânglios linfáticos. Em seguida, o problema progride para uma erupção disseminada no rosto e no corpo.
A doença viral existe há décadas na África central e no oeste desse continente, onde o vírus mata até 10% das pessoas. Para além da África, não houve mortes registradas até agora.
Agora a Organização Mundial de Saúde (OMS) reuniu seu comitê de emergência em saúde nesta quinta-feira (21) para discutir se pode considerar se o surto da varíola dos macacos em uma emergência global. Para os especialistas, uma decisão da OMS de agir apenas após a doença se disseminar poderia perpetuar as desigualdades entre os países ricos e pobres, o que aconteceu durante a pandemia do novo coronavírus.
Declarar a varíola dos macacos uma emergência global significaria que a agência de saúde da Organização das Nações Unidas avalia o surto como um "evento extraordinário" e que a doença pode se disseminar por mais países. Isso também daria à enfermidade a mesma distinção da pandemia da Covid-19.
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Os cientistas duvidam que a declaração de emergência possa ajudar a conter a epidemia, já que países desenvolvidos que registraram os casos mais recentes se movem rápido para conter o problema. Na semana passada, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, revelou que a varíola dos macacos já foi identificada em mais de 40 países, sobretudo na Europa. A OMS também já propôs a criação de um mecanismo de compartilhamento de vacinas para ajudar os países afetados.
Até agora, a grande maioria dos casos na Europa são de homens gays e bissexuais, mas os cientistas advertem que qualquer um em contato próximo com uma pessoa infectada corre risco de infecção. As pessoas com a doença em geral têm sintomas como febre, dor no corpo e coceira, mas a maioria se recupera em semanas, sem precisar de cuidados médicos.
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