Um novo estudo realizado pela Universidade de Glasgow, no Reino Unido, em conjunto com o Great Ormond Street Hospital, em Londres, pode ter desvendado o que estaria causando os crescentes casos de hepatite aguda que têm infectado principalmente as crianças de todo o mundo. Doença já matou de 22 crianças em todo o mundo e outras 46 precisaram de transplante.
A conclusão inicial dos cientistas foi de que a doença estariam ligados ao vírus responsável por alguns tipos de gripe comuns, o chamado adenovírus. Análises de 37 pacientes indicaram a presença do vírus adeno-associado 2 (AAV2) nas amostras, sugerindo uma provável relação entre o agente patogênico e as complicações hepáticas em menores de 12 anos, que são consideradas raras.
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No entanto, apesar do vírus ter sido encontrado em amostras de 96% dos pacientes, ainda não foi possível determinar se a presença do vírus configura uma infecção causadora da doença. Os pesquisadores acreditam que a quarentena, causada pela pandemia da Covid-19, afetou negativamente o sistema imunológico das crianças, que devido ao isolamento, deixaram de serem expostas a determinados patógenos e, logo, tiveram sua resposta imune comprometida.
O que já se sabe é que o AVV2, sozinho, não consegue se replicar sem o auxílio de um "vírus ajudante", como um adenovírus. Desta forma, outra hipótese avaliada pelos cientistas é de que tratem-se de casos de coinfecção pelo AVV2 e/ou um adenovírus, ou ainda o vírus da Herpes HHV6. Contudo, para determinar a causa exata da hepatite aguda em crianças, ainda serão necessárias mais análises.
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