plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Previsão do Tempo 25°
cotação atual R$


home
ROTA DE COLISÃO

EUA e China entram em crise e tensão mundial

Deputada norte-americana chega a Taiwan e abre crise entre os dois países. Nancy Pelosi foi a Taiwan para a primeira visita do tipo em 25 anos

Imagem ilustrativa da notícia EUA e China entram em crise e tensão mundial camera Shutterstock

A presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, seguiu em frente com seu desafio à China e pousou ontem em Taiwan para a primeira visita do tipo em 25 anos.

A China promete reagir militarmente à provocação, abrindo a mais grave crise em anos entre as duas maiores economias do mundo em meio à tensão mundial provocada pela Guerra da Ucrânia, na qual Pequim apoia a Rússia de Vladimir Putin.

Pelosi está em uma visita à Ásia, onde chegou a Singapura na segunda (1º) antes de rumar para a Malásia. Suas duas próximas paradas oficiais são Japão e Coreia do Sul, mas o desvio para Taiwan já era especulado desde a semana passada.

Ele enfureceu a China, que considera a ilha uma província rebelde desde que um regime autônomo capitalista foi lá formado pelos derrotados na revolução que levou os comunistas a estabelecer sua ditadura em 1949.

“Em face ao desprezo irresponsável dos EUA às representações repetidas e sérias da China, qualquer contramedida tomada pelo lado chinês será necessária e justificada”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Hua Chunying, para quem os americanos “irão pagar” pela visita. A chancelaria depois emitiu nota considerando a viagem extremamente perigosa.

LEIA TAMBÉM:

Varíola dos macacos: Nova York declara estado de emergência

Sobe para 16 número de mortos em inundações nos EUA

As Forças Armadas de Taipé, por sua vez, entraram em alerta máximo nesta terça. Em seu site, informaram estar prontas para quaisquer ações de Pequim -a expectativa é de que seja lançada uma grande incursão aérea para testar suas defesas. O Comando Militar Leste do país informou haverá “ações militares direcionadas” devido à visita.

Assim que o avião da deputada pousou, às 22h43 (11h43 em Brasília), surgiram relatos de caças Sukhoi Su-35 da China sobre o estreito de Taiwan, que foram depois negados pelo governo local.

“A visita de nossa delegação congressual honra o comprometimento inabalável dos EUA com o apoio à vibrante democracia de Taiwan”, disse Pelosi ao desembarcar. Ela se encontra na quarta (3) com a presidente Tsai Ing-wen.

A China vê quaisquer gestos políticos em favor de Taipei como um apoio ao ideal independentista na ilha. Em 1997, na última vez que alguém com o cargo de Pelosi esteve em Taiwan, no caso o republicano Newt Gingrich, os chineses tiveram de engolir a desfeita.

A situação agora é diferente, pois a China ascendeu ao posto de potência desafiante na arena global. Não tem a musculatura militar dos EUA, com um orçamento de defesa equivalendo a um quarto do americano, mas sua assertividade política e econômica expandiu-se sob o governo de Xi Jinping, iniciado em 2012.

Por causa disso, Washington reagiu com a Guerra Fria 2.0, disparada em 2017 como um embate tarifário, mas que rapidamente espraiou-se por todas as costas de atrito possíveis. Taiwan é a mais sensível de todas: de lá para cá, autoridades americanas têm visitado a ilha e a cooperação militar segue em alta.

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

tags

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

Mais em Mundo Notícias

Leia mais notícias de Mundo Notícias. Clique aqui!

Últimas Notícias