Nos últimos anos, as pesquisa científicas em saúde tem dado bons resultados, inclusive no desenvolvimento de vacinas, medicamentos e combate as novas doenças. Em novembro desse ano, pesquisadores da Universidade Aix-Marseille, na França, acabaram despertando um vírus milenar que estavam adormecidos no permafrost (solo congelado) da Sibéria.
De acordo com os cientistas, um deles tinha aproximadamente 48.500 anos, um recorde para experimentos do tipo. O estudo foi publicado na plataforma pré-prints BioRxiv tem o objetivo de avaliar o risco que esses micróbios antigos representam para a humanidade em caso de derretimentos no Ártico.
O novo estudo identificou e reviveu13 vírus pertencentes a cinco classes diferentes de amostras coletadas na Sibéria. Além do vírus de 48.500, eles também despertaram três vírus de uma amostra de 27.000 anos de fezes congeladas de mamute. Outros dois foram isolados do conteúdo estomacal congelado de um lobo siberiano.
Segundo os especialistas, esses vírus ainda têm potencial para serem patógenos infecciosos. A equipe introduziu os organismos em uma cultura de amebas vivas, mostrando que eles ainda eram capazes de invadir uma célula e se replicar. Para os pesquisadores, isso é preocupante, pois o aumento das temperaturas devido às mudanças climáticas pode despertar muitas ameaças microbianas, incluindo vírus congelados há milhares de anos.
Um estudo recente indicou que o derretimento de geleiras no Ártico poderia causar a próxima pandemia. Cientistas da Universidade de Aberystwyth, no País de Gales, alertaram que há risco de mais de 100 mil toneladas de micróbios serem liberados na natureza devido ao aumento das temperaturas globais. Entre eles, poderiam estar vírus perigosos e altamente contagiosos.
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