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CÉLULAS-TRONCO

Miniolhos criados laboratório ajudam a estudar cegueira

Criados a partir de células-tronco, eles servirão para estudar a síndrome de Usher, doença que causa perda de visão

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Imagem ilustrativa da notícia Miniolhos criados laboratório ajudam a estudar cegueira camera Miniolho desenvolvido no estudo | (Imagem: University College London/Divulgação)

Ao usarcélulas-tronco, cientistas da University College London conseguiram criar "miniolhos" para entender melhor a síndrome de Usher, uma doença genética que causa cegueira. De acordo com especialistas, o estudo poderá ser usado em tratamentos para prevenir a perda de visão em pacientes portadores da patologia. O estudo foi publicado no periódico científico Stem Cell Reports1.

Os miniolhos 3D, conhecidos como organoides, foram cultivados a partir de células-tronco de amostras de pele doadas por pacientes de um hospital. Em um olho saudável, os bastonetes (células que detectam a luz) estão dispostos na retina. No estudo, os pesquisadores descobriram que poderiam fazer com que os bastonetes se organizassem em camadas que imitassem sua organização na retina, produzindo um miniolho.

A síndrome de Usher é a causa genética mais comum de surdez e cegueira combinadas, afetando aproximadamente três a dez em cada 100 mil pessoas em todo o mundo. As crianças portadoras da síndrome geralmente nascem profundamente surdas, enquanto sua visão se deteriora lentamente até ficarem cegas na idade adulta. Embora implantes possam ajudar na perda auditiva, atualmente não há tratamentos para a retinite pigmentosa, que causa perda de visão na síndrome de Usher.

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Os especialistas acreditam que os miniolhos poderão ajudar a identificar tratamentos, sendo usados para testar diferentes medicamentos. No futuro, poderá ser possível editar o DNA de um paciente nas células específicas de seus olhos para evitar a cegueira causada pela doença.

"Esperamos que esses modelos possam nos ajudar a um dia desenvolver tratamentos que possam salvar a visão de crianças e jovens com síndrome de Usher", disse Jane Sowden, Professora de Biologia e Genética do Desenvolvimento na University College London e uma das autoras do estudo.

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