Alguns animais são tão bons de brincar de esconde-esconde que ficaram fora de vista dos humanos por bastante tempo – alguns por milhões de anos. Por isso, espécies foram consideradas extintas até voltarem a aparecer como se nada tivesse acontecido.
Um animal considerado extinto há 60 anos foi achado com vida na floresta tropical da ilha de Nova Guiné, na Indonésia. A espécie conhecida como equidna-de-attenborough (Zaglossus attenboroughi), é um mamífero que bota ovos. Durante a mesma expedição, pesquisadores também descobriram novas espécies de besouros e aranhas, além de um camarão que vive fora d'água.
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A equidna-de-attenborough (também conhecida como equidna-de-bico-longo) havia sido vista pela última vez por pesquisadores em 1961. Agora, cientistas fizeram fotos e vídeos do animal com uma das mais de 80 câmeras escondidas instaladas com a ajuda da população local. O exemplar foi avistado nas Montanhas Ciclope, na província de Papua.
VEJA O VÍDEO DA EXPEDIÇÃO CYCLOPS:
A espécie faz parte dos monotremados, um grupo distinto de mamíferos que põem ovos e que inclui o ornitorrinco. Segundo os especialistas, as equidnas são difíceis de serem encontradas, pois são noturnas e vivem em tocas. As imagens do animal foram registradas no último dia da expedição. "A descoberta é o resultado de muito trabalho duro e mais de três anos e meio de planejamento", disse James Kempton, biólogo da Universidade de Oxford que criou e liderou a expedição Cyclops.
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Além da busca pela equidna, a expedição também fez a primeira avaliação da vida de invertebrados, répteis, anfíbios e mamíferos nas Montanhas Ciclope. A equipe revelou um tesouro de espécies subterrâneas, incluindo aranhas cegas e um escorpião-chicote. Mas a descoberta mais extraordinária foi de camarões terrestres e arbóreos.
“Ficamos bastante chocados ao descobrir este camarão no coração da floresta, porque é um afastamento notável do habitat típico à beira-mar para estes animais”, disse Leonidas-Romanos Davranoglou, bolsista da Universidade de Oxford e entomologista líder da expedição. "Acreditamos que o alto nível de chuvas nas Montanhas Ciclope significa que a umidade é grande o suficiente para que essas criaturas vivam inteiramente em terra", completou.
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