É enorme o número de espécies animais que foram consideradas extintas nas últimas décadas e séculos, sobretudo devido à destruição do seu habitat natural, caça ilegal, mudanças climáticas ou doenças. Essas criaturas que deixaram de ser observadas por longos períodos. Algumas delas, no entanto, estão voltando a aparecer na natureza.
Em uma reviravolta para a conservação da vida selvagem, cientistas anunciaram a descoberta de um único fio de pelo contendo DNA correspondente ao tigre-de-java (Panthera tigris sondaica) em uma cerca na Indonésia.
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O animal é considerado extinto há 16 anos, a presença desse vestígio genético pode indicar que a espécie ainda exista na natureza. O achado foi documentado na revista científica Oryx.
De acordo com cientistas da Agência Nacional de Pesquisa e Inovação da Indonésia (BRIN), foi realizado uma análise minuciosa no pelo encontrado em uma cerca próximo a uma vila em Java Ocidental, indicou a presença do animal.
Com isso, especialistas em genética foram mobilizados para auxiliar na condução de pesquisas mais abrangentes, enquanto armadilhas fotográficas foram implantadas para capturar imagens dos tigres-de-java, caso ainda habitem a região.
"O Ministério do Meio Ambiente e Florestas aprecia a pesquisa... há várias ações que estamos fazendo e faremos para responder aos resultados", destacou Satyawan Pudyatmoko, chefe de conservação do ministério do meio ambiente e florestas da Indonésia, para France-Presse (AFP).
"As árvores filogenéticas mostraram que a amostra de pelo do suposto tigre-de-java pertence ao mesmo grupo que o espécime de museu do tigre, mas é diferenciado de outras subespécies de tigres e do leopardo-de-java", disse Pudyatmoko.
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Se confirmada a existência, o tigre-de-java será considerado uma espécie protegida, reforçando a necessidade de esforços para preservar seu habitat e garantir sua sobrevivência.
Desde 2008, o tigre-de-java foi considerado extinto pela Lista Vermelha da IUCN, mas relatos recentes de avistamentos indicaram uma possível persistência da espécie na floresta de South Sukabumi, em Java Ocidental.
Para verificar a autenticidade do pelo, os cientistas compararam a amostra com material de um tigre-de-java coletado em 1930, armazenado no Museu Zoologicum Bogoriense.
Os resultados indicam uma correlação genética, embora estudos adicionais sejam necessários para confirmar a presença desses tigres na natureza.
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